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Permissionários da Nova Ceasa se manifestam contra aumentos de taxas

As reclamações são feitas devido às cobranças consideradas abusivas e à falta de estrutura do local.

02/01/2018 14:34

Na manhã desta terça-feira (02) aconteceu, em frente ao Palácio de Karnak, uma manifestação realizada por permissionários da Nova Ceasa. O principal motivo do movimento é o aumento das taxas cobradas pela atual administração. 

De acordo com a permissionária Vera Lúcia Gomes dos Santos, o aumento das taxas chega a ser de 204%. “Estamos fazendo essa manifestação contra o aumento abusivo das taxas cobradas que virão ainda em abril desse ano”, conta. 

 Permissionários da Nova Ceasa se manifestam contra aumentos de taxas. (Foto: Moura Alves/O Dia)

Outra reclamação feita pelos permissionários é a mudança de horário de trabalho. Franscilene Silva, que trabalha com a venda de feijão há três anos, conta que essa foi uma mudança que não favorece. “Nosso horário iniciava durante a madrugada, mas agora, começa às quatro da tarde, que não é um horário favorável para nós, já que é mais fácil perder mercadoria por conta de questões relacionadas ao fornecedor”, diz. 

Permissionária Franscilene Silva desaprova as mudanças feitas pela nova gestão. (Foto: Moura Alves/O Dia)

Ainda segundo Franscilene, as mudanças não vieram com aviso prévio, o que torna a situação pior. “A nova gestão precisa entender que o volume de clientela diminuiu, a concorrência cresceu e não estamos dando conta de pagar as novas taxas. Eu, particularmente, não estou conseguindo nem sustentar minha família direito”, desabafa.

Para o permissionário Orlandir Vieira, o dinheiro está sendo mal investido, já que não há estrutura física no local. “A Ceasa vive uma situação camuflada. Os permissionários estão trabalhando, mas não conseguem se sustentar. Estamos nos sentindo oprimidos. Se você não paga o seu boleto, você está sujeito a perder seu local de trabalho”, relata.

Para o permissionário Orlandir Vieira, o dinheiro está sendo mal investido. (Foto: Moura Alves/O Dia)

Orlandir conta que o boleto antes custava R$ 17,00 e depois subiu para R$ 30,00, valor que permanece apenas para boletos pagos no dia. Após a data de vencimento, o custo aumenta 40%. “Estamos protestando não só por esses aumentos abusivos, mas também pelas péssimas condições de trabalho que enfrentamos”, finaliza Orlandir. 

Permissionários da Nova Ceasa se manifestam contra aumentos de taxas. (Foto: Moura Alves/O Dia)

Em resposta, a assessoria de imprensa da Nova Ceasa informou que todos os reajustes de taxas estavam previstos desde que a administração atual ganhou a licitação. Além disso, o protesto estaria restrito apenas a um pequeno grupo.

O Modelo de Parceria Público Privada (PPP) foi instalado na Nova Ceasa em maio de 2017, com investimento de R$ 3,6 milhões em obras e reformas que visam reestruturar e modernizar o local. A Nova Central de Abastecimento do Piauí passou a ser gerida pela empresa Brasil Fruit, trabalhando em parceria com o Governo do Estado.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Jéssyca Mazza
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