Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Peixe-boi morre após encalhar entre Parnaíba e Luís Correia

O animal era chamado de Maceió, já havia encalhado quando filhote perto do Ceará. Animal apresentava algumas cicatrizes recentes.

23/07/2021 09:06

Um peixe-boi encalhou no Rio Igaraçu, nesta quinta-feira (22), sob as pontes que liga as cidades de Parnaíba e Luís Correia. Chamado de Maceió, o animal não resistiu e acabou morrendo. Ao longo de seu corpo, os biólogos que participaram do resgate encontraram cicatrizes antigas e algumas mais recentes, o que indica que ele possa ter batido nas pedras ou ter ficado preso em redes de pesca.

Maceió já havia encalhado quando era filhote próximo ao Estado do Ceará. De acordo com a bióloga Liliana Sousa, responsável pela pesquisa e conservação do Peixe-Boi no Piauí, ele foi resgatado da primeira vez e encaminhado para o Projeto Aquasis, onde foi cuidado e passou por um processo de aclimatação antes de ser solto no meio ambiente.

“Ele foi solto com um retrotransmissor que monitorava sua localização via satélite, mas em maio desse ano, esse equipamento se desprendeu do cinto de silicone e ficou à deriva. Tinha uma busca pelo Maceió desde então e ontem ele entrou na área de mangue. Acredito que ele deve ter enganchado em alguma rede, ficou preso e encalhado porque a maré estava baixando”, explicou Liliana.

A causa da morte de Maceió ainda não foi determinada. Seu corpo foi encaminhado para a sede do Projeto Aquasis para que seja feita a perícia que dirá o que de fato provocou seu óbito.

A bióloga Liliana Sousa lembra que a perda de um animal sempre afeta o equilíbrio ambiental de toda uma região e, em se tratando de um peixe-boi, que é considerado uma espécie guarda-chuva, esse impacto pode ser ainda maior. “Esses animais são topo de cadeia. A gente os chama de espécie guarda-chuva porque tem vários outros grupos de animais que dependem dele e quando a gente perde um, causa um certo desequilíbrio em um ambiente que já está todo comprometido”, afirma.

Mais sobre: