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Orgulho LGBT é alvo de ataques da internet

O perfil de uma faculdade chegou a insinuar que o símbolo "+", da sigla LGBTQIA, estaria relacionado à pedofilia e zoofilia

29/06/2020 13:56

Ontem, 28 de junho, foi comemorado o Dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+. Para celebrar a data, muitas pessoas publicaram em suas redes sociais fotos, vídeos e mensagens de apoio à comunidade LGBT usando a hashtag #OrgulhoLGBT. Porém, mesmo com tantas informações diariamente sobre igualdade e respeito, ainda é possível presenciar ações e posturas homofóbicas.

Leia também: Dia do Orgulho LGBT: data marca visibilidade e representatividade 

Os ataques homofóbicos não passaram despercebidos do Dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+ e foram feitos tanto por pessoas físicas como por instituições. No post feito pela Prefeitura de Teresina, por exemplo, uma faculdade particular sugeriu que o símbolo “+”, que complementa a sigla LGBTQIA, daria margem para incluir a pedofilia e zoofilia.

No comentário, a instituição pede que a prefeitura faça campanhas publicitárias que abordem “os direitos e orgulho hétero”. O próprio perfil da Prefeitura de Teresina respondeu ao comentário, destacando que “neste caso estamos falando da inclusão de gênero e sexualidade, e não de distúrbios, perversões e crimes como os citados”.

Logo depois, o comentário da faculdade foi deletado e a conta excluída.

No post publicado no Instagram da Prefeitura de Teresina foi colocada uma peça publicitária onde aparecem as cores do arco-íris, símbolo da comunidade LGBT, com a frase “O ódio não desbota essas cores”. Já na legenda foi postado “Não precisa ser LGBTQIA+ para respeitar quem é. São mais do que siglas: é diversidade, identidade e valor. Ame quem você quiser, mas lembre-se de sempre se amar primeiro. Orgulhe-se!”.

Diversos comentários homofóbicos foram feitos na publicação. Um dos usuários escreve “Frescura”, outro cita que “não falar dos heterossexuais é discriminação”, outro usuário comenta que “quando tinha só héteros e gays era mais fácil”. Os ataques também ocorreram no perfil do Twitter do prefeito Firmino Filho , que publicou as peças publicitárias em sua conta pessoa.

Os comentários homofóbicos logo foram respondidos por simpatizantes da causa, que saíram em defesa da comunidade LGBTQIA+.

No Twitter, foi criada a hashtag #OrgulhoHetero, no qual os usuários pedem que seja criado um dia específico para as pessoas heterossexuais.

Por: Isabela Lopes
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