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Notificações de dengue aumentaram 70% desde o início do ano no Piauí

Doença está sendo subnotificada por conta da pandemia do coronavírus. Sesapi faz apelo para que as pessoas mantenham suas residências limpas e evitem criadouros do mosquito.

30/04/2020 12:57

O boletim epidemiológico da dengue divulgado nesta quinta-feira (30) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) aponta um aumento de 70% nas notificações da doença em comparação com o mês de janeiro. No primeiro trimestre de 2020, o Piauí registrou uma queda de 56% no total de notificações em relação ao mesmo período do ano passado. Em contrapartida, o Laboratório Central (Lacen) teve um aumento de 60% nos casos de exames positivos para dengue.

Os números preocupam no momento em que se vive, principalmente por conta da sobrecarga do sistema de saúde em decorrência do coronavírus. É que segundo as autoridades de saúde, cerca de 2% dos pacientes acometidos por dengue precisam ser internados, especialmente aqueles com manifestações hemorrágicas.


Notificações de dengue subiram 70% no começo deste ano e Sesapi faz apelo à população - Foto: O Dia

Um outro aspecto que preocupa ainda mais é o fato de que está havendo uma subnotificação de dengue devido à pandemia. “Pessoas podem estar doentes de dengue em suas residências e por conta do isolamento, não procuram os hospitais. A coexistência dos picos de dengue, zika, chikungunya e Covid-19 pode levar ao colapso do nosso sistema de saúde, tanto do atendimento ambulatorial quanto de internação em ambientes de enfermaria e de unidade de terapia intensiva”, enfatiza Herlon Guimarães, superintendente de Atenção à Saúde da Sesapi.

Por isso, ele faz um apelo à população para redobrar a limpeza dos ambientes domésticos a fim de evitar a formação de criadouros do mosquito.  “Os cuidados com a dengue devem ser o ano todo. Qualquer superfície que acumule água pode ser propícia para o mosquito se desenvolver. Vamos redobrar os cuidados para não sermos acometidos duplamente dos vírus do Covid-19 e da dengue”, finaliza.

Por: Maria Clara Estrêla, com informações da Sesapi
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