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No Piauí, 15 barragens estão em acompanhamento preventivo

O órgão dispõe de R$ 12 milhões para, num prazo de três anos, realizar fiscalizações e reparos nos reservatórios para que não ofereçam riscos à população.

29/01/2019 07:16

Todas as 15 grandes barragens que são de responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no Piauí estão em estado de atenção, ou seja, em acompanhamento preventivo para que não ofereça maiores riscos à população. O chefe do setor de Recursos Hídricos do Dnocs no estado, Francisco Ribeiro, informou ao O DIA que o órgão dispõe de R$ 12 milhões para num prazo de três anos realizar fiscalizações e reparos nos reservatórios.

Ele acrescentou que neste ano, R$ 4 milhões devem ser investidos em reparos preventivos nas barragens de Bocaina, Barreiras, Cajazeiras e Ingazeiras, todas no semiárido. “Existe três níveis de classificação das barragens, a de atenção, a de alerta e a de perigo. Atualmente, todas os reservatórios sob responsabilidade do Dnocs estão em estado de atenção, que a manutenção é preventiva em serviços de roço, desobstrução da calha de drenagem, reconstituição de meio-fio. Nenhuma delas oferece perigo ou está em situação de emergência”, tranquilizou o gestor.

As três maiores barragens do Dnocs no Piauí são a de Jenipapo, com 250 m³ de capacidade máxima, e Bocaina e Piaus, com 106 m³ cada. Além das 15 grandes barragens, Francisco Ribeiro citou que há dezenas de pequenos reservatórios que são cedidos em regime de comodato aos municípios e a responsabilidade fica com as prefeituras.

Monitoramento do Idepi é intensificado nas barragens do Bezerro, em José de Freitas, e Emparedado, em Campo Maior

Após a tragédia registrada na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, o Instituto de Desenvolvimento do Piauí- IDEPI passou a intensificar o monitoramento nas 11 barragens que estão sob sua responsabilidade. De acordo com o diretor geral do Instituto, Geraldo Magela, a Barragem do Bezerro, em José de Freitas, e a Barragem do Emparedado, em Campo Maior, são as que inspiram maiores cuidados, e um acompanhamento mais efetivo.

“Estamos acompanhando essas duas barragens com uma atenção maior. Até o momento, a situação está estável, e sem risco no momento, mas vamos continuar fazendo esse monitoramento mais constante, nas próximas semanas”, pontua.

O diretor do Idepi ainda descarta a possibilidade de um novo episódio como o de abril de 2018, quando a Barragem do Bezerro atingiu níveis críticos, obrigando moradores a saírem de casa, por conta do alto risco de rompimento. “Especificamente, na Barragem do Bezerro, a gente rebaixou o nível do sangradouro, e, com isso, ela não vai atingir a cota máxima, e nem chegar no ponto que era crítico, na parede da barragem. Então, estamos em uma situação bem estável”, destaca

A Barragem do Bezerro, em José de Freitas, e a Barragem do Emparedado, em Campo Maior, devem passar por reformas estruturais nos próximos meses, com objetivo de minimizar os riscos de rompimento. De acordo com Geraldo Magela, o processo licitatório está em fase de finalização.

“Já estamos encerrando um processo licitatório, vamos contratar a empresa vencedora do certame para realizar esses trabalhos de recuperação. A previsão é que essas obras durem cerca de seis meses”, afirma.

Por: João Magalhães e Natanael Sousa
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