O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última semana o Produto Interno Bruto (PIB) municipal referente ao ano de 2016. Segundo a análise da Confederação Nacional de Municípios (CNM), das dez cidades brasileiras com menor PIB a preços correntes, cinco estão no Piauí.
Olho D’Água do Piauí aparece em quarto lugar neste ranking, primeiro entre os municípios piauienses. A cidade teve um PIB a preços correntes per capita de R$ 16.785,31 mas em contrapartida, a administração pública foi responsável por adicionar R$ 9.958,05 desse valor, ou seja, quase 60% do total.
Dentre as dez cidades, São Luis do Piauí é a terceira que conta com o maior valor bruto adicionado pelo setor público ao cálculo do seu PIB per capita a preço corrente, algo em torno de 68,7%.
O economista Eduardo Lima explica que o cálculo deste PIB leva em conta a somatória de todos os bens e serviços produzidos pela cidade naquele ano em relação a população local. “Essa participação do setor público na composição PIB não é tão simples de ser mensurada. Para calcular a atividade econômica do setor privado se considera o que foi vendido, a prestação de serviços e etc, mas no setor público ela fica mais relacionada ao gasto feito naquele município”, esclarece o economista.
Por sua vez, a CNM demonstra preocupação com os dados divulgados pelo IBGE. “É cada vez mais necessário dotar o poder local de instrumentos de gestão e de recursos financeiros maiores a fim de que possam desenvolver suas comunidades e prestar efetivos e bons serviços públicos à população”, diz o relatório.
Além das já citadas, Aroeiras do Itaim, Santo Antônio dos Milagres e Miguel Leão completam a participação piauiense no ranking das dez cidades brasileiras com mais dependência do poder público na formação do PIB a preço corrente das atividades econômicas, obtido pelo Sistema de Contas Regionais do Brasil (SCR).
Edição: João MagalhãesPor: Breno Cavalcante