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Movimentos de assentados ocupam prédio do INCRA em Teresina

Encabeçada pelo MST, a ocupação protesta protesta, entre outras coisas, por demandas referentes à melhoria nos assentamentos

06/03/2018 14:57

Nesta terça-feira, participantes de movimentos de assentados ocuparam o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, localizado na zona sul de Teresina. De acordo com os manifestantes, a ocupação é um movimento nacional da coordenação de mulheres do Movimento Sem Terra – MST.

Segundo Francisca Silva, coordenadora do coletivo de Juventude do Movimento dos Pequenos Agricultores, que está aliado ao MST na ocupação o objetivo é protestar por várias demandas referentes à melhoria nos assentamentos e à emissão de novas Declarações de Aptidão ao Pronaf - DAP, documento referente ao produtor agrário. “Se você não tiver esse documento, você não consegue provar que você é morador do campo, agricultor”, afirma Francisca.

Os assentados também protestam contra o governo Temer, contra privatizações e pela Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra. “Essa semana nos reunimos para a jornada de luta, lutando por causa do oito de março. Pela história, não um dia de comemorar e receber flores, é um dia de luta e de relembrar as companheiras que já lutaram”, comenta Francisca.

Francisca Silva, coordenadora do coletivo de Juventude do Movimento dos Pequenos Agricultores (Foto Moura Alves/ODIA)

De acordo com o Superintendente substituto do INCRA, Sérgio Viana, o movimento já repassou as demandas e uma reunião foi marcada para as 14h com as lideranças dos grupos presentes. “Eles buscam a questão da desapropriação, do credito fundiário, da infraestrutura, entre outras coisas. Parece que eles vão passar alguns dias aqui, mas a gente sempre se preocupa em atender bem o movimento, porque são pautas legítimas. A gente oferece a infraestrutura, fornecimento de água e um local adequado para eles ficarem”, esclarece o superintendente.

Além do MST e do MPA, integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB também participam do protesto.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Lucas Albano
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