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Motoristas e cobradores de ônibus iniciam greve com 100% da frota parada

Os motoristas e cobradores iniciaram um movimento grevista sem informar à população sobre a paralisação.

21/07/2016 07:21

Atualizada às 13h11min

Após a Prefeitura liberar o repasse aos SETUT, os motoristas decidiram encerrar o movimento e retornar com os ônibus para as ruas. A previsão do SINTETRO é de que até as 15 horas toda a frota esteja circulando e o transporte coletivo de Teresina seja normalizado. "Ficou acordado é que até as 16 horas o pagamento deve cair na nossa conta. Enquanto isso a ordem é pegar os carros na garagem e voltar ao trabalho", diz o vice-presidente do Sindicato dos Motoristas, Francisco das Chagas.

Em nota, a Prefeitura de Teresina informou que foi repassado o valor de R$ 610.388, 21 destinado ao pagamento dos motoristas e cobradores referente à segunda quinzena de julho. Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura de Teresina foi surpreendida com a paralisação abrupta por parte dos motoristas e cobradores de ônibus que operam no sistema de transporte público da capital, tendo em vista que a categoria não obedeceu os procedimentos legais de comunicação prévia do movimento à administração. Ainda assim, de forma emergencial e para minimizar os prejuízos aos usuários, a Prefeitura iniciou o cadastramento de veículos alternativos para operar o transporte público, enquanto perdurar o movimento.

A Prefeitura de Teresina ressalta que tem honrado todos os compromissos com o sistema de transporte público da capital. A pendência financeira alegada não ultrapassou 24 horas, conforme acordo firmado com os concessionários.

A administração municipal informa ainda que foi pago ainda na manhã desta quinta-feira, o valor de R$ 610.388, 21 e que a justificativa de não pagamento dos salários dos trabalhadores que operam no sistema por atraso no repasse não se sustenta, tendo em vista que o sistema arrecada R$ 10 milhões por mês.

Por fim, a Prefeitura informa ainda que adotará todas as medidas legais cabíveis na defesa dos interesses dos usuários do sistema, aplicando, de maneira efetiva, as sanções previstas no sistema como forma de garantir os serviços de qualidade aos usuários.

Atualizada às 11h51min

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (SETUT) pediu à Justiça que decrete a ilegalidade da greve os motoristas de ônibus deflagrada hoje (20).  A entidade alega que o SINTETRO descumpriu a lei porque não avisou do início do movimento com pelo menos 24 horas de antecedência, ne, disponibilizou o mínimo de 30% para atender à população. Cerca de 150 mil teresinenses foram afetados com a falta de ônibus circulando nesta quinta.

Fotos: Andrê Nascimento/O Dia

A Justiça deve decidir até o fim do dia sobre a ilegalidade da greve. Caso o pedido do SETUT seja aceito, os motoristas devem retornar até o final do dia a seus postos, pondo um fim no movimento. Além disso, o SINTETRO terá que pagar uma multa em valor a ser acertado, por não cumprir os requisitos legais para a deflagração da greve.

De acordo com a assessora da direção técnica do SETUT, Mirian Aguiar, as empresas também foram pegas de surpresa com a falta de ônibus em Teresina na manhã de hoje (20). O sindicato só foi avisado ontem à noite e não teve tempo de tomar providências que diminuíssem os impactos na prestação do serviço.

Sobre as alegações dos motoristas de que não terem recebido a segunda parcela do pagamento de julho, o SETUT informou que as empresas não estão tendo condições de arcar com todos os gastos, por conta do não repasse, pela Prefeitura, do valor referente à meia passagem de estudantes e à gratuidade de idosos e portadores de necessidades especiais.

Segundo a assessoria técnica do SETUT, a PMT deve às empresas R$ 15,5 milhões, acumulado entre 2015 e 2016. R$ 9 milhões são referentes aos repasses do ano passado, e R$ 5,5 milhões a este ano. "Para esse valor do ano passado tem um acordo que já foi firmado e que deve começar a partir do próximo mês a ser liberado algumas parcelas. Mas o desse ano era para o pagamento ter sido liberado desde o mês de maio, mas ainda não foi. Com essa falta de regularidade nos repasses do poder público, você não consegue organizar um fluxo de pagamento", explica Mirian Aguiar.

Atualizada às 10h05

A prefeitura de Teresina informou por meio de nota que iniciou o cadastro de ônibus e vans para atender os usuários de transporte coletivo para minimizar os prejuízos causados pela paralisação. Que estiver interessado e cadastrar um veículo deve procurar a Strans, com a documentação e a carteira de habilitação.

A assessoria disse ainda que o Sindicato não informou sobre a greve e que foi pega de surpresa com a paralisação dos motoristas. Veja a nota na íntegra!

"A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) está realizando o cadastro de ônibus e vans para atender os usuários do transporte público. O objetivo da ação é oferecer o serviço para evitar problemas durante a paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus, que teve início a meia noite.

De acordo com a Diretora de Transportes Públicos da Strans, Cíntia Machado, o cadastro está sendo feito para tentar minimizar os prejuízos para os usuários de transportes públicos. “Faremos uma vistoria completa dos veículos, assim garantiremos a segurança do usuário. Vamos cadastrar a maior quantidade de carros possível, para que as pessoas não fiquem prejudicadas”, acrescentou.

A diretora reforça ainda que as pessoas interessadas devem  procurar a Strans com o veículo, a documentação  e a carteira de habilitação. “As ordens de serviço serão entregues com o roteiro que deverá ser seguido pelos ônibus. É importante lembrar que os estudantes devem apresentar a carteira de estudante para pagar a meia passagem em dinheiro”, finalizou.

Nesta quinta-feira, a Prefeitura de Teresina, assim como os usuários do transporte público, foi pega de surpresa com a paralisação dos motoristas, já que, antes de deflagrar o movimento, o Sindicato não informou á administração municipal no prazo mínimo de 48 horas, conforme exigência da legislação".  

Postada ás 7h21

Os usuários de ônibus foram pegos de surpresa na manhã desta quinta-feira (21). Os motoristas e cobradores iniciaram um movimento grevista sem informar à população sobre a paralisação, o que deve acontecer com no mínimo 24 horas de antecedência. O motivo desta vez foi o não pagamento da segunda parcela salários dos funcionários.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários  (Sintetro), o pagamento que era para ter sido feito até o dia 20 não foi efetuado e, por isso, a paralisação foi de 100% dos veículos. “Não recebemos até ontem a segunda parcela do salário, que recebemos a cada 15 dias. A conta de todo mundo está zerada e não temos perspectivas de recebermos o valor, por isso nenhum ônibus saiu da garagem hoje”, explicou o vice-presidente do sindicato Francisco das Chagas Oliveira.

No início do mês, os motoristas e cobradores também ameaçaram uma paralisação após os donos das empresas de ônibus informarem aos funcionários que não teriam condições de efetuar o pagamento da primeira parcela salarial, já que a Prefeitura não havia feito o repasse de recursos aos empresários. A greve foi suspensa com o pagamento dos valores no final do dia.

"Uma vez houve ameaça de paralisação e, com isso, eles pagaram os salários, mas agora não. Se eles efetuarem o pagamento, a gente volta a trabalhar automaticamente", disse Francisco das Chagas Oliveira.

No terminal do bairro Redonda, na zona Sudeste de Teresina, dezenas de pessoas passaram horas esperando pelo transporte sem saber que os veículos não estavam circulando. A passageira Joana Feitosa afirmou que chegou ao ponto de ônibus às 6h e ficou mais de 2 horas na parada até conseguir pegar um ônibus clandestino. 

Sem o aviso prévio sobre a greve, nenhum transporte alternativo foi cadastrado para atender a população durante a paralisação, o que deixou os passageiros revoltados. Algumas pessoas não puderam embarcar nos ônibus clandestinos, que começaram a circular após a notícia da greve, porque estes só aceitam a passagem em dinheiro. Desavisados, muitos saíram de casa apenas com o cartão do ônibus.

O sindicato informou ainda que a partir das 8 horas serão liberados os 30% dos ônibus exigidos por lei durante um movimento grevista.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Ithyara Borges e Maria Clara Estrêla
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