Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Mordidas e picadas de animais venenosos podem levar crianças a óbito

Em casos de ataques, o correto é procurar imediatamente o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella.

24/07/2019 07:57

Os ataques de animais peçonhentos contra humanos chegam a representar cerca de 15 atendimentos por mês no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella (HDIC), em Teresina. O dado foi repassado pela infectologista do Hospital, Elba Amaral. 

Segundo a médica, em geral, os ataques acontecem dentro de casa, sejam por aranhas, cobras ou escorpião. No caso das aranhas, nem todas são venosas. Elba explica que o tratamento depende do tipo de animal. “Se for aranha caranguejeira, que é a maior, ela não é venenosa. O perigo que causa é que o animal, quando atacado, acaba eliminando pelos no ambiente e, ao entrar em contato com a pele do ser humano, pode ser irritante, principalmente em pessoas alérgicas. Porém, o mais comum é que haja uma irritação local”, comenta. 


No período chuvoso, os atendimentos de picadas de escorpião chegam a ser quatro por mês - Foto: Divulgação

Contudo, a atenção tem que ser redobrada com as aranhas que parecem ser inofensivas, como explica a médica. “As aranhas mais perigosas são as menores e podem ser encontradas no meio das roupas ou dentro dos sapatos. E uma vez que mordem, elas podem tanto causar lesão local ou a região ficar avermelhada e virar uma ferida. Em outros casos, a mordida dói imediatamente. Nes ta situação, as pessoas procuram atendimento”, detalha.

De acordo com a infectologista, no caso de ataques contra crianças o perigo é maior e pode levar à morte. “Quando acontece acidente em crianças, passa a ter um perigo maior por causa do envenenamento, pois o tóxico atua circulando no corpo da pessoa e, como a criança tem uma quantidade de massa corporal menor, o veneno vai ser mais danoso, levando a óbito”, alerta. 

Diante do risco, o correto a se fazer é sempre procurar os órgãos responsáveis para avaliação da lesão. “O ideal, quando você encontra aranhas, é eliminá-las. Caso haja o acidente, é importante levar a aranha para o Instituto de Doenças Tropicais se for possível, porque pode nos ajudar a raciocinar se a aranha é venenosa ou não, juntamente com os sintomas que o paciente apresentar, como coração acelerado e aumento a salivação”, esclarece Elba.

Por: Sandy Swamy - Jornal O Dia
Mais sobre: