Os moradores do bairro Planalto Ininga, na zona Leste de Teresina, estão sofrendo com a falta de água, carência no atendimento básico de saúde e insegurança. A principal reclamação da população se refere à Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Francisco José Sousa, que está em reforma e não oferece todos os serviços para a comunidade. Além disso, o local está rodeado de lixo acumulado por conta das obras paradas.
A vendedora Quitéria Silva denuncia que a situação da UBS, localizada no bairro Planalto Ininga, está delicada. “O posto de saúde é uma obra que está há um ano parada. Nós estamos desacreditados com o fim desta reestruturação. O povo aqui sofre porque tem que buscar consulta em outros bairros sem saber se vai conseguir ser atendido em outros lugares”, explica a líder comunitária do bairro.
Já a diarista Marise da Silva tem dois filhos e fala sobre a dificuldade de conseguir serviços simples, como a inalação para gripe das crianças: “O atendimento aqui é péssimo. É muito complicado marcar encaminhamento para os outros postos e a gente só vai quando tem dinheiro para pagar o ônibus. É inconveniente se deslocar assim, quando deveríamos ser atendidos aqui”, ressalta.
Foto: Elias Fontenele/ ODIA
Sobre o atendimento da UBS Dr. Francisco José Sousa, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) esclareceu que a primeira etapa da obra, que é a parte administrativa, foi concluída e, mesmo com a execução dos serviços, o funcionamento continua normal.
De acordo com a Diretoria Regional Leste/ Sudeste de Saúde, a parte de consulta médica, marcação de consultas e atendimento dos agentes da “Estratégia Saúde da Família” estão sendo realizados de forma regular. Porém, os serviços de farmácia e de vacinação estão sendo redirecionados para as unidades de saúde do bairro Piçarreira e do Parque Universitário, que são as mais próximas do Planalto Ininga.
A Fundação Municipal de Saúde, por meio da Gerência de Obras e Gerência Financeira, afirmou ainda que o projeto inicial foi alterado, passando de simples reforma à ampliação da Unidade. Em nota, explicou também que essa modificação do projeto inicial e da planilha orçamentária da obra resultou em aditivos para a construtora, que está concluindo os aditivos e, tão logo eles sejam repassados, a reforma será reiniciada. Com esse procedimento burocrático, a construtora suspendeu temporariamente os serviços da obra.
“A FMS reitera que o atendimento médico à população não está comprometido com a obra, de forma que os principais serviços continuam sendo ofertados na UBS”, completou.
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Por: Pedro Vitor Melo- Jornal O Dia