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Ministério Público investiga demora na liberação de corpos no IML de Parnaíba

Idoso chegou a esperar 12 horas para conseguir a liberação dos corpos do filho e da sogra, mortos em acidente ocorrido em Luís Correia.

19/09/2021 11:43

O Ministério Público do Piauí (MPPI) instaurou procedimento administrativo para apurar informações acerca do funcionamento do Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba. A ação vem depois do órgão receber denúncias da demora para realização de necropsias, o procedimento médico que evidencia a causa da morte de um indivíduo. 

O procedimento foi movido pela 8ª Promotoria de Justiça de Parnaíba, que já esteve no IML e constatou deficiências no atendimento às pessoas que precisam dos serviços do Instituto. Entre as irregularidades encontradas estão a falta de motoristas e de auxiliares de necropsia, descumprimento injustificado da escala de plantão por legistas e a precariedade estrutural do prédio.

“É um serviço essencial que não pode sofrer qualquer interrupção. Nada justifica que o cidadão procure a repartição e não consiga atendimento em tempo razoável. Nossa missão é fiscalizar e verificar como o IML está funcionando e responsabilizar quem eventualmente está provocando falhas, pois constatamos que decorreram longos períodos de tempo para liberação de corpos em prejuízo das famílias atendidas”, pontuou o promotor Rômulo Cordão, titular da Promotoria de Parnaíba.


Foto: Ministério Público do Piauí

Entenda

Os olhos dos entes fiscalizadores se voltaram para o IML de Parnaíba após o caso de um idoso que esperou 12 horas pela liberação do corpo de seus familiares ganhar repercussão no Estado. Os corpos eram do servidor público José Geovane Gomes Filho e sua esposa, Ilza de Oliveira Pereira, que morreram em um grave acidente automobilístico em Luís Correia na semana passada.

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que teve conhecimento do fato ocorrido no IML de Parnaíba. O órgão disse que o quadro de médicos legistas da cidade é suficiente para atender às demandas da região e que o caso denunciado foi pontual. Já o Departamento de Polícia Técnico-Científica afirmou que está trabalhando para sanar as dificuldades que existirem naquela região e os motivos da demora na liberação dos corpos serão apurados para os devidos esclarecimentos.

Fonte: Com informações do Ministério Público do Piauí
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