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Mesmo na baixa temporada, artesanato impulsiona emprego e renda no Norte

Além das riquezas naturais que atraem turistas de todo mundo, o fluxo de mercadorias artesanais também segue intenso durante todo ano

01/11/2015 07:52

Não só as belezas naturais das praias paradisíacas, sol e ventos fortes durante todo o ano atraem turistas e geram renda no Norte do Piauí. O artesanato produzido pelos artistas da região se diferencia em diversidade, qualidade e precisão. As peças ganham tanto destaque que, segundo os produtores, mesmo nos meses considerados como de baixa temporada, o fluxo de mercadorias continua intensificado - ainda que em menor proporção.

Francisco Ricarte, que preside a Associação dos Artistas do Delta, afirma o fortalecimento constante do setor. “Mesmo nesses meses de baixa temporada, nós conseguimos vender, porque têm os turistas de fora, como italianos, alemães e tantos outros continuam a consumir o nosso artesanato. Mas no fim do ano e nas férias, é claro, a venda aumenta ainda mais, por isso, já estamos nos preparando para o mês de dezembro”, conta.

Na Associação, que já soma 23 anos de fundação, 46 artistas produzem e comercializam peças em uma loja localizada no Porto das Barcas, em Parnaíba. Entre os produtos que se destacam, as pedras preciosas do Piauí, como Opala e Ametista, ganham novas formatos ao passar pela sensibilidade do processo de lapidação dos artistas.

“São vários artesãos que integram este espaço, eles mesmo vem para cá e vendem seus produtos. Trabalhamos com as pedras do Piauí, e eu sou especialista em lapidação de pedras em Pedro II. Mas temos várias gemas, não só as opalas de Pedro II. Temos a ametista de Batalha, o cristal de Cristalândia e a pedra sabão na proximidade de Sete Cidades. Além disso, nós também representamos as esculturas feitas pelos artesães daqui da região”, esclarece Ricarte.

As pedras se apresentam de maneiras diferentes: brancas, verdes, avermelhadas, azuladas ou até multicoloridas. Por trás do valor que cada uma carrega, há também a definição mística dos objetos. Segundo explica Ricarte, a opala, por exemplo, dá sorte quando presenteada. A ametista é símbolo da transformação e ajuda a eliminar vícios e maus hábitos, já o quartzo verde aquece a vida de quem o carrega consigo. São significados múltiplos, para as pedras que, após lapidadas, se destacam em anéis, colares, brincos e demais joias que conquistam os turistas.

Além das pedras preciosas, a riqueza do artesanato da região Norte também está nas esculturas em madeira. No local, é forte a procura por peças entalhadas, que tem assinaturas variadas, como a da artista Karla Sales. “Nós temos muitos talentos em escultura de madeira, a intenção é lançar o Museu da Escultura Sertaneja, que já tem o projeto feito e em pouco tempo vai estar disponível a todos os parnaibanos”, destaca Ricarte.

Porto das Barcas

Além da loja da Associação dos Artistas do Delta, o Complexo Turístico Porto das Barcas conta com diversos espaços voltados a comercialização do artesanato piauiense. O local é um dos principais pontos turísticos da cidade de Parnaíba, localizado às margens do Rio Igaraçu, braço do Rio Parnaíba.

No Porto das Barcas, há grande variedade de peças em cerâmica, renda de bilros, cestarias de carnaúba, móveis de talos de carnaúba, esculturas em madeira, tecelagens e bordados, tapeçarias com figuras rupestres, dentre outros. 

Foto: Glenda Uchôa/ODIA
Por: Glenda Uchôa - Jornal O DIA
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