Médicos piauienses iniciam hoje uma paralisação de alerta no atendimento de 14 planos de saúde. Os atendimentos eletivos como consultas e exames estão suspensos pelos próximos três dias, os casos de urgência e emergência não foram afetados.
A paralisação é devido ao descumprimento da lei da contratualização nº 13003/14, que visa regulamentar a obrigatoriedade da formalização de contrato entre os médicos e os planos de saúde. O prazo máximo para adesão da lei e assinatura dos contratos é até dia 31 de março.
Estão suspensos os atendimentos dos planos que fazem parte do grupo da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas): ASSEFAZ, CAMED, CAPESAÚDE, CASSI, CASEMBRAPA, CORREIOSSAÚDE, CONAB, EMBRATEL, FACHESF, FUNDABEM, GEAP, PLANASSISTE, SAÚDE CAIXA e UNAFISCO.
Segundo o Tesoureiro do Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI), Doutor Renato Leal, a paralisação é apenas uma advertência aos planos. “Por conta da falta de resposta das operadoras nós decidimos parar. Desde o ano passado tentamos negociação e não houve interesse para a regularização”, relata.
Os planos de saúde Medplan e Humana já procuraram o sindicato para negociação. O acordo foi assinado com o reajuste atual da tabela da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Os contratos estão sendo acompanhados pelo SIMEPI e intermediados pelo Ministério do Trabalho.
Devido à paralisação dos médicos e o prazo avançado para a adaptação com a lei, o grupo Unidas solicitou uma reunião com o SIMEPI para tentar mais um acordo, se a for aceita, os atendimentos serão retomados. “Os planos agora estão buscando acordo e querendo agilidade devido ao prazo avançado, e nós vamos propor a mesma negociação que foi feita com a Humanas e Medplan, se não for aceita, continuaremos com os atendimentos suspensos”, afirma o Dr. Renato Leal.
A reunião entre Unidas e o SIMEPI acontece amanhã, às 19h, no Sindicato.
Edição: Nayara FelizardoPor: Paloma Vieira (Estagiária)