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Máscaras ajudam crianças na luta contra o câncer

Peças ajudam no tratamento humanizado e contribuem para amenizar os sintomas do tratamento.

26/06/2019 07:31

No Brasil, o câncer aparece como a primeira causa de morte (8% do total) entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Para adultos, enfrentar o câncer já é uma situação difícil, imagina para crianças. Mas, em Teresina, profissionais de saúde realizam um atendimento humanizado e apresentam soluções que ajudam a amenizar os sintomas do tratamento, sobretudo para acalmar os medos dos pacientes infantojuvenis. 

Um exemplo são as máscaras estilizadas de super-heróis, que ajudam os pequenos na luta contra a doença, produzidas pela equipe multidisciplinar do Setor de Radiologia da Associação Piauiense de Combate ao Câncer - Hospital São Marcos. Ao transformar o ambiente hospitalar de forma lúdica, o resultado tem sido positivo, pois, com as máscaras, os superpoderes dos personagens das histórias de ficção são transferidos para os heróis de verdade, que se enchem de coragem e força du rante o tratamento. 

"O meu filho fica muito feliz quando chega para fazer as seções de radioterapia. Logo na recepção, os funcionários brincam com ele e lá dentro ele mesmo coloca a máscara do Incrível Hulk. Isso tem ajudado muito a diminuir a ansiedade. Meu filho é muito corajoso, ele nem usa anestesia.” conta Socorro Sousa, mãe do pequeno Rodrigo Sousa Lopes, de seis anos, que luta contra uma leucemia desde os dois. 


Transformar o ambiente de forma lúdica traz resultados positivos - Foto: Divulgação

De acordo com o técnico Francisco Gilglaydson Ibiapina, o projeto iniciou em Barretos, depois o INCA (Instituto Nacional de Câncer) desenvolveu o traba lho sobre os benefícios do uso de máscaras estilizadas de super-heróis. “Quando ficou comprovado que as crianças deixavam de usar anestesia ao vestirem as máscaras, consegui autorização das enfermeiras, do físico e dos médicos para fazer aqui também no hospital”, informa. 

Gilglaydson fez a primeira máscara com o personagem Homem de Ferro. “A alegria da criança ao receber a máscara confeccionada foi um dos maiores prazeres que tive e contribuir para que elas não passem por um procedimento tão complicado que é a anestesia é outro motivo que me motivou a fazer a primeira máscara”, declara. 

No tratamento dos tumores de cabeça, pescoço, face ou sistema nervoso central, é preciso que os pacientes usem máscaras termoplásticas que os imobilizem durante todo o procedimento da radioterapia e assim evitem que a radiação atinja outros locais saudáveis. 

“Cada máscara termoplástica é moldada no formato do rosto de cada paciente para que o encaixe seja perfeito, isso provoca certo desconforto, principalmente para as crianças, que geralmente ficam agitadas, então é necessária a aplicação de anestesia geral, o que torna as sessões de radioterapia mais demoradas e complicadas”, explica o técnico Kleiton Vieira. 

A Radioterapia é uma modalidade essencial no tratamento de pacientes com câncer. Cerca de 60% a 70% dos pacientes passam por essa terapia de forma curativa ou paliativa. O sucesso da radioterapia depende da erradicação do tumor que, em geral, aumenta com doses mais elevadas de irradiação, e da preservação dos tecidos normais dos efeitos actínios. 

Para deixar o ambiente mais lúdico e divertido, Kleiton abraçou o projeto das máscaras com os personagens de que elas mais gostam. “Tenho facilidade em fazer as máscaras porque eu amava desenhar quando era criança. Já pintei o Homem Aranha, Homem de Ferro, Incrível Hulk, Unicórnio e a Minnie”, cita.

Fonte: Jornal O Dia
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