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Mais de 1.000 pessoas deixam de ser atendidos por dia com greve do H.U

Servidores iniciaram greve na manhã desta quinta- feira. Mais de 500 funcionários paralisaram.

17/09/2015 09:04

Mais de quinhentos servidores do Hospital Universitário paralisaram as atividades na manhã desta quinta-feira (17), por tempo indeterminado. Cerca de mil atendimentos que são realizados diariamente devem ser prejudicados. No Hospital trabalham cerca de 1.200 servidores, sendo que mais de 50% já está a favor do movimento grevista.

De acordo com o Sindicato, apesar da greve, 30% da escala de funcionamento assistencial está sendo mantida no local, seguido a lei. "Somente no início dessa manhã, mais de cem servidores já sinalizaram apoio. Daremos continuidade a esse movimento sem previsão para acabar, até que o Governo entre em acordo com a categoria", disse Luciani Vieira, integrante do comando de greve.

Fotos: Assis Fernandes/ ODIA

Os servidores pedem um acordo coletivo de trabalho para este ano e também 2016, além do reajuste inflacionário de 7,7%, cumprimento do plano de cargos, carreiras e salários e a regulamentação dos plantões da categoria assistencial. Outro pedido é a participação dos funcionários dentro da comissão administrativa do hospital que determina as medidas trabalhistas.

Quem procurou atendimento no Hospital sem agendamento na manhã de hoje teve que voltar pra casa. "Eu vim pra cá cedo esperando agendar uma cirurgia e vou ter que ir embora porque está tudo paralisado. Tive que recorrer a alguns exames particulares para agilizar o procedimento e agora estou sem resolver nada", disse Maria Antônia Silva.

No Hospital trabalham cerca de duzentos enfermeiros e quatrocentos técnicos administrativos. Cerca da metade dos médicos que prestam serviço ao H.U começaram a integrar o movimento em busca de melhores salários e condições de trabalho.

Alguns pacientes estavam com consultas agendadas e esperaram por horas para ser atendido, é o caso da senhora Francisca Willians que estava desde as sete horas esperando um médico. "Estou a mais de duas horas esperando um médico e até agora ele não apareceu. Com essa greve que começou hoje a esperança do atendimento diminui, pois já são nove meses remarcando essa consulta e até o momento nada", disse a paciente do hospital.

"O Governo agendou uma assembleia nacional no próximo dia 22 deste mês. Por enquanto, os atendimentos agendados estão sendo feitos e os leitos de internação continuam sendo liberados”, finalizou Francisco Santana, também do comando de greve dos servidores assistenciais.

Edição: Nayara Felizardo
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