O Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta terça-feira, marca um histórico de luta a favor da igualdade de gênero. Mesmo diante de amparos legais, as mulheres ainda sofrem com o machismo e o preconceito, fato comprovado pelos índices de violência e homicídio contra mulher. Para trazer para o feminismo a discursão coletiva, a coluna Com Estilo, do Jornal O Dia homenageia e reconhece a força feminina através do projeto “Livres para ser”. Depois de um ensaio divulgado no domingo, está sendo lançado hoje um vídeo-documentário.

Para a iniciativa, ao todo, foram convidadas 10 mulheres que, em fotos e no vídeo, dividiram suas histórias pessoais e de luta a favor das mulheres e deixaram uma mensagem de emponderamento.. Participaram Graça Abreu, pedagoga em tratamento contra o câncer; Amina Andrade, estudante e feminista; Ana Carolina Fortes, advogada e militante pelos direitos das minorias; Halda Regina, coordenadora de políticas para as mulheres; Larissa Maia, empreendedora; o casal Carol Costa e Thayná Lopes; a publicitária e feminista Maria Clara Paz; a militante pelo parto humanizado, Dayne Dantas e a cantora Bia Magalhães.

Em tempos onde se exige que a mulher se encaixe em um padrão, o documentário “Livres para ser” traz como pauta o empoderamento, a defesa da liberdade feminina e a desconstrução de padrões e conceitos. Em seus depoimentos, as convidadas destacam as superações pelas quais já passaram enquanto mulheres e relatam o combate diário ao machismo. Além disso, a produção destaca a beleza única de cada mulher como o ponto de partida para várias reflexões.

O Dia Internacional da Mulher surgiu como um marco para o debate sobre gênero, em meio a tantos episódios de luta feminista no inicio do século XIX.  Mais de 70 anos desde o primeiro acordo internacional, que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres, assinado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a luta parece não ter cessado.  Apesar das conquistas ao longo desse tempo, nunca foi tão importante falar sobre feminismo.

“Falar sobre feminismo hoje é importante para desestigmatizar o termo e a luta, já que o senso comum por muito tempo atrelou o movimento a um embate entre mulheres que estariam contra homens e não tem nada disso. As feministas estão dispostas a lutar pela igualdade de direitos, sem distinção de gênero. E foram mulheres feministas que oportunizaram direitos básicos dos quais usufruimos hoje”, comenta Ana Carolina Fortes, advogada e presidente da Comissão da Diversidade Sexual da OAB-PI, que participou do projeto.

Ana Carolina Fortes completa, “Portanto, não falar de feminismo significa ignorar conquistas históricas sem as quais não conseguiríamos realizar atividades cotidianas e desrespeitar um movimento que batalha incansavelmente pela efetivação de direitos, muitos dos quais já até previstos em lei, mas não conferidos à população feminina.”

O projeto “Livres para ser”, que inclui um editorial e o vídeo documentário, tem a produção de Yuri Ribeiro e Zan Viana. As fotos são assinadas por Tibério Hélio e as gravações por Hergaehmenes Pereira. A edição de vídeo é de Gustavo Alves. O documentário já pode ser visto através do canal do Portal O DIA no YouTube. 

Por: Yuri Ribeiro - Jornal O DIA