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Leilão de privatização da Eletrobras é marcado para o dia 26 de julho

A Companhia Energética do Piauí é uma das empresas que passará ao controle da iniciativa privada. Leilão ocorrerá em São Paulo.

15/06/2018 12:32

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicou, nesta sexta-feira (15), o edital para a privatização da Eletrobras Piauí e de mais cinco distribuidoras de energia elétrica, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

O edital estabelece as condições de desestatização das distribuidoras, mediante a concessão de serviço público de distribuição de energia elétrica, associada à transferência do controle acionário das empresas

O leilão está marcado para o dia 26 de julho, às 10h, na B3, em São Paulo, e ocorrerá em sequência para cada uma das seis distribuidoras, na mesma sessão pública.

Poderão participar do leilão pessoas jurídicas brasileiras ou estrangeiras, incluindo instituições financeiras, bem como Fundos de Investimento em Participações (“FIP”) e entidades de previdência complementar, seja atuando isoladamente ou em Consórcio.

Nenhuma proponente poderá participar de mais de um Consórcio, ainda que por intermédio de suas controladoras, controladas, coligadas ou pessoas jurídicas sujeitas a controle comum, ainda que com participações ou membros distintos entre si.

Serão consideradas vencedoras as ofertas finais que apresentarem o maior Índice Combinado de Deságio na Flexibilização Tarifária e Outorga. As propostas deverão ser entregues pelos proponentes na B3, para cada distribuidora, no dia 19 de julho, entre 9h e meio-dia.

O resultado será encaminhado para homologação e adjudicação de seu objeto pelo BNDES após a divulgação do resultado definitivo do leilão correspondente.

Em até 2 (dois) dias úteis após a divulgação do resultado definitivo do leilão de cada distribuidora, a Proponente vencedora do respectivo leilão deverá submeter ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE-Ministério da Justiça) todas as informações e os documentos indispensáveis à instauração de processo administrativo para análise de ato de concentração econômica; e também, à ANEEL, todas as informações e os documentos necessários à análise da transferência de controle da distribuidora.

A liquidação do leilão será condicionada à aprovação pelo CADE e à anuência prévia da ANEEL à transferência do controle acionário das distribuidoras, quando aplicável, e à realização, por parte da Eletrobras, dos ajustes nas distribuidoras mediante conversão de dívida em capital social ou assunção de dívidas das distribuidoras junto à Eletrobras e/ou terceiros. Simultaneamente à liquidação do leilão, a B3 deverá ter confirmado o recebimento do pagamento do valor referente à taxa de sucesso e a taxa de distribuição de ativos.

A assinatura do contrato de concessão será condicionada ao aumento de capital das distribuidoras pelos proponentes vencedores nos valores definidos no edital a fim de equilibrar a estrutura de capital das distribuidoras e assegurar a disponibilidade de parte relevante dos recursos necessários para os investimentos em melhoria de qualidade do serviço prestado.

Para o governo, a privatização das distribuidoras vai proporcionar um aumento dos investimentos, melhorias de gestão operacional, expansão da rede de distribuição, aumento da qualidade dos serviços prestados e melhoria do seu desempenho econômico-financeiro.

Ao Portal O DIA, durante visita a Teresina no último dia 08, o presidente nacional da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, defendeu que a privatização é a melhor alternativa. “É importante destacar que o desempenho que a Cepisa vem apresentando nos últimos anos já a coloca como uma empresa privada muito eficiente, mas sem uma capacidade financeira de novos investimentos na dimensão que o estado do Piauí precisa, e essa vantagem a gente pode ter com o processo de privatização”, disse.

O edital da presente licitação, seus Anexos, bem como todas as informações sobre a desestatização poderão ser obtidos no sítio eletrônico www.bndes.gov.br/distribuidoras-eletrobras.

Impasse trabalhista

O leilão prevê a oferta de ações ordinárias detidas pela Eletrobras e equivalentes a 10% das ações de cada uma das seis distribuidoras para empregados e aposentados dessas empresas, posteriormente à alienação do controle para os vencedores do leilão.

O leilão havia sido suspenso por decisão da juíza Raquel de Oliveira Maciel da 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, no âmbito de uma ação civil pública movida por sindicatos de trabalhadores. No entanto, a Advocacia Geral da União conseguiu derrubar a liminar, o que permitiu ao Governo Federal dar continuidade ao processo. 

Por: Nayara Felizardo
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