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Jornal O Dia completa 70 anos em atividade como líder em credibilidade

O Dia nasce com como uma empresa e não como um jornal de finalidade [ partidária, diferente do que aconteceu com seus concorrentes.

01/02/2021 08:41

Fundado em Teresina no ano de 1951, o Jornal O Dia completa 70 anos de existência nesta segunda-feira (1º), consolidando-se como o veículo impresso piauiense há mais tempo em atividade e um dos mais longevos do país. Para chegar às sete décadas de existências, um feito raro a nível nacional e estadual, seguiu as diretrizes que o tornou líder em credibilidade.

De acordo com Nilsângela Cardoso, professora da Universidade Federal do Piauí (UFPI) que pesquisou, para sua tese de doutorado, todas as edições dos dez primeiros anos de publicações do periódico, a marca O Dia nasce com um diferencial em relação aos seus concorrentes da época, tanto os que lhe antecederam como outros que surgiram posteriormente.

(Foto: ODIA)

“Uma das questões é o modelo empresarial, se caracterizando e pensando muito mais como uma empresa e não apenas como um jornal de finalidade partidária, como era comum naquela época. Essa questão se deve ao fato da administração com o olhar empresarial, principalmente depois que foi adquirido por Octávio Miranda”, destaca a pesquisadora.

O empresário foi o responsável pelo processo de modernização do Jornal O Dia, com a reforma de todo o parque gráfico da empresa e aquisição de novas máquinas, o que possibilitou impressões diárias do periódico.

“Essa gestão empresarial, que começa com Octávio Miranda e depois continua com sua família, foi o que fez o Jornal O Dia continuar em atividade e se tornar o mais longevo do Piauí”, avalia. Isso fica ainda mais visível quando observado o movimento global de convergência midiática, acelerado com a chegada da internet.

Neste sentido, o Jornal O Dia soube se adequar e acompanhar as novas tendências, como quando inaugurou sua rádio, lançou sua plataforma digital com o portal de notícias online integrado com o impresso e, mais recentemente, com seu canal de televisão.

“O histórico da empresa foi de sempre estar na dianteira do processo de passagem do analógico para o digital, acompanhando de alguma forma as mudanças tecnológicas. Na verdade, o Jornal O Dia sempre esteve acompanhando as inovações tecnológicas, o que foi fundamental e um fator importante para a sua sobrevivência até os dias de hoje”, conclui Nilsângela Cardoso.

A história de sete décadas do jornal impresso contada em livro

Ex-funcionário da casa, o jornalista Mussoline Guedes é responsável hoje pela elaboração de um livro que resgata as sete décadas de história do Jornal O Dia. Ao longo de todo o trabalho de pesquisa realizado para a construção da obra, o profissional conta que pode perceber a importância do periódico impresso não apenas para a comunicação no estado do Piauí.

“De uma forma geral, o jornal O Dia foi o responsável pela quebra de paradigmas e do padrão da postura da imprensa da época, que passou a ser mais profissional, sobretudo na década de 50, quando se modernizou comprando novos equipamentos e passou a trabalhar com um conteúdo editorial mais voltado para a comunicação e a informação”, pontua o autor da obra.

Este processo de modernização está diretamente relacionado com o episódio em que o Jornal O Dia foi comprado pelo empresário Octávio Miranda em meados dos anos 1950, e com a chegada de José Lopes do Santos ao impresso, na condição de editor-chefe. Os dois, segundo Guedes, se consolidam como as duas figuras mais importantes do veículo ao longo da sua história.

(Foto: Arquivo pessoal)

“Essa modernização repercutiu e causou desdobramentos em outras áreas, criando mercados paralelos como de serviços gráficos, publicidade e de anúncios. Depois de Octávio Miranda, José Lopes Santos foi a figura mais importante da empresa pois, seguindo a lógica do proprietário, deu uma lógica e padrão jornalístico de comunicar com muita maestria”, avalia o jornalista.

Após finalizar o livro, que será lançado e disponibilizado ao público muito em breve, Mussoline Guedes constatou não somente a sua importância histórica do veículo, mas todo o esforço e empenho dos seus diretores para mantê-lo vivo e fazê-lo chegar até os dias atuais, mesmo diante dos mais diferentes contextos econômicos e sociais, como líder de credibilidade.

“Depois da sua criação, o jornal passou por diversas fases. A família Miranda, em diferentes épocas, sempre teve a consciência de que o jornal precisava ser mantido, pois é o mais tradicional de todo o estado do Piauí, o que mais respeita o leitor, um princípio que está cravado em sua base desde a fundação", finaliza o jornalista, único a ser editor-chefe em duas oportunidades diferentes.

Por: Breno Cavalcante e Vanusa Coelho - Jornal O Dia
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