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Fígado de Júnior Araújo é transplantado na BA; rins e córneas ficam no PI

Velório iniciou ao meio dia, mas fica restrito à família até às 15h. Enterro acontecerá na manhã de sábado

01/07/2016 12:58

Os órgãos doados por Júnior Araújo, que integrava o Coletivo Salve Rainha, foram distribuídos para a Bahia e o Piauí. O fígado chegou a Salvador por volta das 7h desta sexta-feira (01) e já foi transplantado. Os rins ficaram e devem ser transplantados ainda hoje. As córneas também estão no Piauí, mas o transplante pode esperar até segunda-feira (04).

Foto: Moura Alves/ODIA

Segundo Maria de Lourdes de Freitas, coordenadora da Central de Transplantes do Piauí, estão sendo realizados os exames de provas cruzadas para confirmarem a compatibilidade. Os receptores dos órgãos também passam por exames para avaliar se estão em condições de fazer a cirurgia. "O transplante tem que ser eito hoje, ou no máximo amanhã", disse a coordenadora. As córneas serão doadas para pacientes que estão há mais tempo na fila de espera. "Geralmente, quem recebe são pessoas de mais idade", completa Maria da Lourdes.

Velório

O corpo de Júnior Araújo chegou por volta do meio dia ao Clube dos Diários, onde será velado durante toda a tarde desta sexta-feira (01). Até as 15h, o velório é restrito à família, mas em seguida será aberto ao público. Artista e amigos irão fazer homenagens ao idealizador do Coletivo Salve Rainha.

Inicialmente, o enterro estava previsto para acontecer nesta sexta-feira, às 18 horas, no Cemitério Jardim da Ressurreição. 

O irmão de Júnior, Bruno Queiroz, foi enterrado no mesmo local. Ele também morreu no acidente provocado pelo motorista Moacir Moura, que dirigia embriagado e em alta velocidade, na noite do último domingo (26).

Jader Damasceno

O jornalista e artista plástico Jader Damasceno, integrante do coletivo Salve Rainha e único sobrevivente do acidente no último domingo (26), passou por uma cirurgia na perna direita durante a manhã de hoje (01) e já se encontra na UTI do Hospital São Marcos em recuperação. O procedimento, coordenado pelo médico ortopedista Alciomar Veras, e teve duração de quatro horas.

“Ele operou o fêmur e a tíbia da perna direita. A fíbula da mesma perna não precisou de intervenção cirúrgica. Ele também recebeu anestesia do tipo rack, junto com sedativos e passa bem”, dizem, em nota, os amigos e familiares de Jader.

O jornalista Jader Damasceno é o único sobrevivente do acidente com os membros do Coletivo Salve Rainha

A anestesia do tipo rack é utilizada especialmente em procedimentos cirúrgicos nas regiões inferiores ao abdômen ou nos membros inferiores. Ela reduz as sensações de desconforto no pós-operatório e retira a sensibilidade à dor durante a cirurgia. Além da anestesia, Jader recebeu algumas doses de sedativos.

Ainda não se sabe se Jader precisará de fisioterapia para voltar a andar normalmente. Amigos e familiares ainda esperam o retorno da equipe médica que o acompanha para falar sobre sua reabilitação. O jornalista ainda não sabe sobre os outros envolvidos no acidente.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Maria Clara Estrêla
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