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Irregularidade das chuvas eleva preços de frutas e hortaliças na Ceapi

Segundo os permissionários, a maçã pequena subiu de R$ 1,50 para R$ 2,50 o quilo. E a banana que custava R$ 0,90 o quilo, agora está na média de R$ 3.

24/02/2016 07:46

A irregularidade das chuvas neste começo de 2016 elevou os preços das frutas, legumes e hortaliças na Central de Abastecimento do Piauí (Ceapi). O aumento é confirmado com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que teve variação de 1,42% em fevereiro e ficou 0,50 ponto percentual (p.p) acima da taxa de 0,92% de janeiro.

Os setores que mais contribuíram para esse aumento do IPCA 15 foram de Alimentação e Bebidas, com alta de 1,92% e impacto de 0,49 p.p. Entre os vários itens pesquisados, destacam-se, com aumentos significativos, a cenoura (24,26%), a cebola (14,16%), o tomate (14,11%), o alho (13,08%), a farinha de mandioca (12,20%) e as hortaliças (8,66%).

A permissionária da Ceapi, Francisca de Araújo, conta que as frutas estão com valores elevados; contudo, o preço não acompanha a qualidade dos produtos. “A uva, por exemplo, com as poucas chuvas, fica mais azeda e com preço mais elevado. Está tudo muito caro, repolho, maracujá. A cebola e o tomate são inimigos da chuva, pois apodrecem mais rapidamente. Com as chuvas em janeiro, o quilo do tomate esteve em até R$ 8, agora já está em R$ 3 o quilo devido à falta de chuvas em fevereiro”, pondera.

Já o permissionário Reinaldo Brandão comenta que a maçã sofreu grande impacto no preço. “Está saindo muito a maçã pequena, porque é a mais barata, mas comparado aos últimos meses, ela subiu de R$ 1,50 para R$ 2,50 o quilo. A banana estava saindo a R$ 0,90 o quilo e agora está na média de R$ 3. São produtos muito perecíveis e, além disso, a produção está baixa e, por isso, o preço está mais elevado”, esclarece.


O comerciante Antônio de Oliveira lamenta que a qualidade das frutas e legumes esteja comprometida. “Vivemos um período de muita ansiedade no mercado por conta da Semana Santa que se aproxima, no entanto, não sabemos bem o que esperar. Muitos são os fatores que atrapalham a vida do agricultor e aí, infelizmente, quem vai sentir mesmo é o meu cliente”, relata.



Por: Pedro Vitor Melo - Jornal O DIA
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