Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Incêndios ameaçam condomínio em Teresina e a Serra da Capivara em SRN

Moradores de condomínios na avenida Barão de Castelo Branco ficaram assustados. Em São Raimundo Nonato, as pessoas se mobilizam para apagar o fogo

22/10/2017 12:12

Dois grandes incêndios tiveram início na manhã deste domingo (22) e ameaçaram condomínios em Teresina e a região da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato.

O Portal O DIA teve acesso a um vídeo que mostra uma grande fumaça preta próximo aos condomínios Solar do Parnaíba e Montesse, na Avenida Barão Castelo Branco, na zona sul de Teresina.

A orientação do Corpo de Bombeiros foi de evacuar a área para evitar inalação de fumaça tóxica. 

As chamas atingiram a Distribuidora Ibiapina, que trabalha com cosméticos, material de higiene pessoal e limpeza, os quais são extremamente inflamáveis.

Como os homens da corporação estavam ocupados no combate ao fogo, os moradores dos condomínios situados ao lado da distribuidora deixaram seus apartamentos por conta própria. 

A reportagem do portal O DIA recebeu a informação de que uma criança entre sete e nove anos teria pulado do apartamento onde mora, no primeiro andar de um dos condomínios, assim que o incêndio teve início. De acordo com o síndico, a criança estava sozinha em casa e se desesperou ao ver a proporção do incêndio - no momento, a mãe estava na área comum do condomínio. 

   

Incêndio em distribuidora teve início por volta das 11 horas, segundo populares (Fotos: Yuri Ribeiro / O DIA)

A criança foi levada para o hospital, mas ainda não há informações sobre o seu estado de saúde.

Por conta da presença de um depósito de botijão de gás e um posto de gasolina nas imediações, o trabalho dos bombeiros teve que ser ágil, e eles também contaram com a ajuda de populares.

Vários relatos desesperados de explosões foram feitos por moradores da região, inclusive por meio de aplicativos de mensagens instantâneas.

Segundo o tenente Arnaldo Vasconcelos, do Corpo de Bombeiros, o início do incêndio teria ocorrido por volta das 11 horas. Pouco tempo depois a brigada chegou ao local e iniciou os trabalhos para conter as chamas, mas a água das viaturas acabou pouco antes das 13 horas, e os veículos precisaram ser reabastecidos.

O tenente Arnaldo Vasconcelos, do Corpo de Bombeiros (Foto: Cícero Portela / O DIA)

"Estamos baixando a temperatura [do prédio]. Fizemos o ataque direto e outro ataque envolvente, por cima, com a autoplataforma", disse.

O tenente Vasconcelos afirma que o auxílio dos populares foi essencial, porque no momento em que o incêndio começou boa parte do efetivo e das viaturas do Corpo de Bombeiros estavam destacados para outras missões, a maioria de combate a chamas em vegetações. "A gente não conseguiu contato via rádio nem por telefone com as outras equipes. Então, foi a população que nos ajudou a retirar os veículos que estavam dentro da distribuidora", detalha o tenente Arnaldo Vasconcelos.

Além de 20 bombeiros, a operação ainda contou com o apoio de uma equipe de combate a incêndios do Aeroporto Petrônio Portella. Foram utilizadas uma autoplataforma mecânica, duas viaturas do tipo auto bomba tanque e uma de combate a incêndios em aeronaves.

Moradores dos dois condomínios denunciam que, frequentemente, a distribuidora ficava sem nenhum funcionário. Por conta disso, eles já imaginavam que um eventual incêndio no local poderia tomar grandes proporções em pouco tempo, por não haver ninguém para tentar controlar as chamas iniciais ou para acionar os bombeiros. "O dono dessa distribuidora devia deixar pelo menos um vigia no local, para caso de emergências como essa. Faz muito tempo que a gente reclama disso. Uma vez o alarme de segurança começou a apitar por volta das cinco horas da manhã e só foi desligado às oito da noite", relata um morador, que pediu para não ser identificado.

Como a fumaça produzida pelas chamas é altamente tóxica, os bombeiros estão recomendando que os moradores dos condomínios vizinhos fiquem nas casas de familiares ou de amigos até que o incêndio seja completamente controlado.

"Inicialmente eu não imaginei que fosse um incêndio. Mas colocaram no grupo do condomínio [no whatsapp] que estava havendo um incêndio na distribuidora ao lado e que era pra todos retirarem os carros e saírem de seus apartamentos. O zelador também saiu batendo nas portas, avisando", detalha a estudante Maria Caroline Galvão, que teve o apartamento invadido por uma grande quantidade de fumaça.

   

   

       

   

Pelo menos quatro viaturas foram destacadas para combater incêndio em distribuidora (Fotos: Yuri Ribeiro / O DIA)

Como a água das viaturas acaba rapidamente, e para reabastecê-las é preciso se deslocar até o quartel central, na Avenida Miguel Rosa, os bombeiros estão usando a água da piscina de uma residência que fica próximo à distribuidora. 

Há a suspeita de que o incêndio tenha iniciado num terreno baldio que fica por trás da distribuidora. 

   

Bombeiros usam água de piscina para apagar chamas que ainda restam em distribuidora destruída por incêndio (Fotos: Yuri Ribeiro / O DIA)


Vídeo mostra bombeiros tentando controlar chamas em terreno baldio por trás de distribuidora

Serrada Capivara

Já em São Raimundo Nonato, um incêndio florestal de grandes proporções recomeçou próximo à Serra da Capivara. O fogo, que teve início ontem, havia sido controlado, mas reiniciou em novas áreas. Moradores se mobilizam para ajudar a apagar o incêndio, que já está tomando uma vasta área.

Segundo o coronel Predmam, do Corpo de Bombeiros, uma estrutura está sendo montada para ajudar os brigadistas que já trabalham na região.

Por: Nayara Felizardo, Cícero Portela e Yuri Ribeiro
Mais sobre: