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Incêndio da divisa do Piauí com Ceará ainda não foi controlado; novos focos surgem

Corpo de Bombeiros já retornou a Angical no começo desta manhã para combater os novos focos, mas ventos e alta temperatura dificultam trabalho.

01/10/2020 07:21

O incêndio de grandes proporções que atinge a divisa do Piauí com o Ceará e ameaça comunidades nas cidades de Angical, Pedro II, Piripiri e Domingos Mourão, continua fora de controle e equipes do Corpo de Bombeiros já se dirigem novamente para o local nesta manhã para identificar e combater os novos focos que vão surgindo.

Vídeos recebidos pelo Portalodia.com no dia de ontem (30) mostra as chamas chegando próximo a povoados rurais e ameaçando casas. Em um dos casos, há um posto de combustível praticamente cercado pelo fogo. As chamas que se concentravam nas cercanias dessas comunidades já foram dizimadas, segundo afirma o major Rivelino Moura, comandante dos Bombeiros da Região Norte piauiense. O que preocupa agora é a quantidade de novos focos que estão aparecendo no meio da mata por conta do rápido espalhamento do fogo com o vento.


Foto: Reprodução/Youtube

“Existe o risco, a gente não pode descartar em momento algum. A situação de temperaturas muito altas com previsão acima de 40 graus, sensação térmica três graus acima do que deve, umidade abaixo de 20%, ventos fortes e mato muito seco culmina em uma aceleração muito grande dos focos de incêndio”, explica o major Rivelino.

De acordo com ele, quando os bombeiros conseguem chegar a um foco de incêndio, outro surge, porque o fogo joga fagulhas a mais de 500 metros à frente, levando a um espalhamento muito rápido das chamas. Em Angical, por exemplo, um parque de vaquejada chegou a ser atingido pelo fogo e ficou completamente destruído. As chamas chegaram ainda ao bairro Montevidéu e nas proximidades da comunidade Tapera. Vale lembrar que há 15 dias, a Prefeitura de Angical publicou decreto proibindo queimadas no município.


Para o Corpo de Bombeiros, os incêndios que atingem a divisa do Piauí com o Ceará estão relacionado com a queima de roças para limpeza feita por pequenos lavradores. “A suspeição que temos é que pequenos lavradores atearam fogo em suas roças, culminando com a perda do controle das chamas, tornando a pequena queima em grandes incêndios. Estamos demandando todos os esforços para conseguir responder rapidamente a todas as solicitações que recebemos”, finaliza o major Rivelino.

Por: Maria Clara Estrêla
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