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HU-UFPI desenvolve ações de valorização da vida

O dia 10 de setembro é marcado em todo o país por iniciativas de prevenção ao suicídio.

10/09/2020 14:53

Mundialmente, o dia 10 de setembro é marcado por iniciativas de prevenção ao suicídio. A campanha Setembro Amarelo objetiva a conscientização acerca da temática, buscando alertar a população sobre a necessidade de diálogos e discussões que abordem o problema. O Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), desenvolve, ao longo do mês, ações educativas com a “Campanha de Valorização da Vida”.

Foto: Reprodução/Brasil Escola

A ação é de responsabilidade da Unidade de Atenção Psicossocial do Hospital, que conta com uma equipe multiprofissional composta por 39 especialistas, sendo três psiquiatras, seis residentes de Psiquiatria, oito psicólogos, oito residentes de Psicologia, dez assistentes sociais e quatro residentes de Serviço Social.

A campanha está sendo desenvolvida com a disseminação de vídeos, material informativo e peças educativas veiculadas nas redes sociais e site do HU-UFPI, objetivando conscientizar pacientes, empregados, colaboradores e a sociedade em geral. “O suicídio é um fenômeno mundial crescente, é uma questão de saúde pública. O tema precisa ser discutido, especialmente considerando que o contexto da pandemia e do consequente isolamento ou distanciamento entre as pessoas potencializa fatores que desencadeiam sentimentos como angústia, incerteza e solidão. O Setembro Amarelo dá essa oportunidade para a sociedade refletir sobre as questões que permeiam o problema”, afirma o psiquiatra Ediwyrton Morais, médico do HU-UFPI.

Ediwyrton Morais observa que o suicídio ainda é visto como tabu por grande parte da sociedade. “Muitas pessoas, por medo ou desconhecimento, fogem do assunto, silenciam e ignoram os sinais que pessoas próximas manifestam. Informação, participação da família, acompanhamento profissional adequado são essenciais para que evitemos o crescimento dos casos de suicídio. Por meio da discussão do tema em diversos espaços, como escolas, universidades, meios de comunicação, empresas e repartições públicas, com divulgação de informações tecnicamente embasadas e combate aos mitos relacionados ao tema, poderemos atuar de forma preventiva”, destaca o psiquiatra.

Ele aponta que sinais como isolamento, tristeza, irritabilidade, dificuldade de interagir com outras pessoas e verbalização de frases de desânimo como “Eu não aguento mais” ou “Está difícil” devem ser percebidos pelos familiares e amigos próximos de pessoas com ideação suicida. “Ao serem identificados, aconselha-se o encaminhamento para uma unidade da rede de apoio para que especialistas prestem a ajuda necessária”, diz Ediwyrton Morais.

Leonardo Amorim, psicólogo e Chefe da Unidade de Atenção Psicossocial do HU-UFPI, ressalta que o Hospital Universitário atua permanentemente no enfrentamento do suicídio, ofertando aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) atendimentos clínicos em ambulatório e internação. O psicólogo informa, ainda, que o atendimento aos colaboradores acontece por livre demanda, sendo muito importante principalmente para os que atuam da linha de frente, prestando assistência aos pacientes de covid-19. “É uma medida de suporte a esses profissionais. São constantes as abordagens e ações voltadas aos cuidados com a saúde mental de nosso público interno, que também merece ser considerado em todas as iniciativas de valorização da vida”, afirma Leonardo.

O psicólogo Raul Rios, da equipe do HU-UFPI, acrescenta que, no caso das pessoas que vivenciam a hospitalização, também é preciso haver cuidados específicos. “Neste contexto da pandemia, a impossibilidade de visitas presenciais e da proximidade com os familiares pode fragilizar emocionalmente os internados. O acompanhamento adequado é fundamental para que o paciente chegue à alta estando bem do ponto de vista mental e emocional”, explica Raul.

Setembro Amarelo - A Organização Mundial de Saúde adotou o dia 10 de Setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil, entidades profissionais ligadas à saúde mental passaram a dedicar este mês para abordar, de forma 

Fonte: Da Redação
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