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Home office no Piauí: 79 mil profissionais ainda estão trabalhando de casa

Segundo levantamento do Dieese, o Piauí ficou em terceiro lugar entre os estados do Nordeste no número de pessoas executando trabalho remoto.

16/09/2020 07:56

Pelo menos 79 mil profissionais piauienses estão trabalhando atualmente em modelo de home-office. É isto o que aponta um estudo divulgado nesta quarta-feira (16) pelo Departamento Intersindical de Estudos Econômicos (Dieese). O número corresponde a 8% dos 932,2 mil trabalhadores devidamente empregados no Estado. O Piauí ocupa a terceira colocação entre os estados do Nordeste em quantidade de profissionais atuando em home office.

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O primeiro colocado é o estado da Paraíba, que possui 11% de sua população empregada (134 mil pessoas) trabalhando em home-office. No outro extremo, aparece o Maranhão, com 4% de seus trabalhadores (73,4 mil pessoas) atuando de casa. 

O Dieese traçou o perfil dos trabalhadores que estão atuando em sistema de home-office no Piauí. De acordo com o levantamento, 63% são mulheres e 37% são homens; 69% são negros e 31% são não-negros; 65% possuem ensino superior enquanto que 35% não possuem e 86% têm casa própria, enquanto que 14% não têm. 


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A partir dos dados o Dieese aponta que a maior parte dos trabalhadores piauienses que ainda permanecem em home-office durante este mês de setembro são mulheres negras que possuem Ensino Superior e que têm casa própria. Um outro dado que chama a atenção é que quanto maior a renda, maior a possibilidade de o trabalhador continuar trabalhando de casa durante a pandemia.

Segundo a pesquisa, 33% dos profissionais piauienses que seguem em home-office neste mês de setembro recebem mais de três salários mínimos. Essa proporção cai à medida que a remuneração reduz. Dos profissionais que recebem de dois a três salários, apenas 18% ainda estão trabalhando de casa. Dentre aqueles que recebem de um a dois salários mínimo, somente 7% seguem em home-office; e, por fim, entre a parcela de piauienses que têm remuneração de até um salário mínimo, apenas 5% ainda gozam do privilégio de ficar de casa para desempenhar sua função profissional.

Piauí segue a tendência nacional para o home-office

O Piauí não é uma exceção no perfil de profissionais que continuam desempenhando suas funções de casa. Conforme aponta o Dieese, o Brasil possui atualmente 10% de sua população empregada, ou seja, 8,4 milhões de pessoas trabalhando em home-office. Destes, 56% são mulheres e 44% são homens; 34% são negros e 66% são não-negros; 26% não possuem ensino superior e 74% possuem; e 28% não têm casa própria, enquanto 72% o têm.

O padrão de renda no home-office brasileiro também é semelhante ao do Piauí: quanto maior a remuneração, maiores as chances de se permanecer trabalhando de casa durante a pandemia. O Dieese aponta que entre os brasileiros que recebem mais de três salários mínimos, 32% estão em home-office; 18% dentre os que recém de dois a três salários também estão de casa; dos profissionais que recebem de um a dois salários mínimos, 7% continuam trabalhando de casa e somente 4% dos que recebem até um salário permanecem gozando do privilégio de não precisar sair de casa para trabalhar.

Por: Maria Clara Estrêla
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