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Greve dos professores estaduais completa duas semanas e audiência é antecipada

Os docentes afirmam que o Governo não está respeitando o piso salarial da categoria, e também reclamam da falta de estrutura nas escolas da rede estadual.

09/03/2018 18:56

A greve dos professores da rede estadual de ensino completou duas semanas nesta sexta-feira (9), e a audiência de conciliação entre o Governo do Estado e os representantes da categoria foi antecipada do dia 14 para o dia 12 de março, próxima segunda-feira.

Os docentes afirmam que o Governo não está respeitando o piso salarial da categoria, e também reclamam da falta de estrutura nas escolas da rede estadual.

Os professores querem um reajuste de 6,81% tanto para os professores ativos, aposentados e demais funcionários de escolas.

“Queremos respeito à paridade e reajuste para os funcionários de escola. O auxílio alimentação não contempla as demandas e necessidades dos trabalhadores em educação, em especial dos aposentados que foram totalmente excluídos do reajuste com este auxilio”, afirma Paulina Almeida, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí  (Sinte-PI).

A entidade afirma que várias escolas precisam passar por reformas urgentes no estado, e denuncia que há casos de unidades em que faltam cadeiras e até o teto.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) afirma que o Governo do Piauí paga aos professores um valor acima do piso estipulado pelo Ministério da Educação (MEC) para 2018, e já concedeu um aumento de 3,4% para a categoria este ano.

O Governo alega não ter condições de oferecer um reajuste maior devido ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

Em contrapartida, a presidente do Sinte-PI, professora Paulina Almeida, afirma que o reajuste de 3,4% foi incorporado apenas ao contra-cheque dos professores na ativa, enquanto os aposentados ficaram sem aumento.

Além disso, a dirigente sindical ressalta que o montante correspondente ao reajuste foi acrescido ao auxílio-alimentação, benefício que não é incorporado na aposentadoria. "Nós queremos o percentual não como auxílio, mas no vencimento, e exigimos que seja estendido para os aposentados", afirma a professora.

"O Governo desrespeita a categoria ao não cumprir a paridade salarial entre ativos e aposentados. Além disso, até agora não apresentou proposta de reajuste para os demais funcionários, o que é possível que aconteça só no segundo semestre, já por conta das eleições", afirma Paulina Almeida.

A Secretaria de Educação afirma que o salário dos professores é de R$ 2.836,93, ou seja, quase R$ 400 a mais que o piso nacional da categoria definido pelo MEC para este ano, que é de R$ 2.455,35. O sindicato, porém, argumenta que o Governo só conseguiu atingir o piso porque incorporou o benefício da regência ao salário, o que, na opinião da entidade, não deveria ter ocorrido.

Por: Cícero Portela
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