A Petrobras anunciou ontem (07) o reajuste de 6% para as distribuidoras de gás de cozinha. Este já é o 11º aumento em apenas 10 meses, totalizando 57% de ajuste de março de 2020 a janeiro de 2021. Os novos valores estão sendo repassado para os consumidores, que já sentem o impacto desse reajuste.

Segundo Valtercides Filho, presidente do Sindicato dos Revendedores de GLP do Piauí, desde ontem as distribuidoras já comunicaram que farão o repasse desse reajuste para cada revendedor e, consequentemente, para a população. O presidente do Sindigás considerou o reajuste muito elevado e enfatizou que esse não seria um bom momento para o novo aumento.

^{(Foto: Assis Fernandes/ODIA)}

“Nós não esperávamos aumento, pois desde março do ano passado a Petrobrás vem aumentando o gás. Esse já é o 10º aumento consecutivo da Petrobrás e o 11º que nós revendedores temos. Se somarmos todos esses percentuais, esse valor chega a 57% de aumento”, conta.

Valtercides Filho destaca que o preço do gás de cozinha é livre, ou seja, vai de acordo com cada distribuidora e revendedora, com base em seus custos. O presidente do Sindigás acrescentou que os demais reajustes sofridos ao longo de 2020 não foram repassados em sua totalidade à população, contudo, será inevitável que este novo aumento não chegue às residências.

“Se colocarmos de março/2020 até agora, janeiro/2021, não houve um aumento real tão significativo, vez que o gás de cozinha era vendido entre R$ 65/ R$ 75 e agora pode ser encontrado por R$ 75/ R$ 85, mas se realmente estivéssemos repassando esse reajuste que teve ao longo do ano, que foi de 57%, o gás de cozinha estaria custando, em média, R$ 120, um valor inviável para a população”, frisa.

Para Valtercides Filho, o novo aumento não veio em um bom momento, especialmente por estarmos em uma pandemia. “Eles [Petrobras] poderiam ter segurado esse aumento até depois da pandemia, mas você entra no site e eles estão batendo recorde de lucro enquanto o povo está pagando caro”, conclui.

Por: Isabela Lopes