Após muita discussão na sede do Sintetro, os motoristas e cobradores rejeitaram a proposta de 8% de reajuste com data-base para maio e decidiram manter a greve. Eles querem aumento de 10%, com data-base para janeiro.
Fotos: Marcela Pachêco/ODIA
Após a assembleia, motoristas e cobradores se concentraram na frente da sede do sindicato e ameaçaram parar tudo. O presidente do Sintetro, Francisco das Chagas, disse que vai tentar garantir a frota de 50% na rua, mas admite que não tem controle sobre os trabalhadores. "O Sindicato não tem como obrigar ninguém a trabalhar", declarou o sindicalista. A multa pelo descumprimento da determinação imposta pelo TRT é de R$ 10 mil por dia, a ser paga pelo sindicato.
Ontem, o vice-presidente do Sintetro, Ajuri Dias, afirmou que a proposta de 8% era razoável, porque garantia um ganho real de 2,18%. Mesmo assim, a assembleia com a categoria não aceitou e a greve continua por tempo indeterminado.
Atualizada às 10h
Na manhã desta sexta-feira (23), primeiro dia de greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, muitos veículos da empresa Transcol ficaram na garagem. Segundo o chefe de tráfego da empresa, Norberto Campelo, os funcionários faltaram e não foi possível colocar a metade da frota nas ruas, como determinado pelo Tribunal Regional Trabalhista.
A Transcol, que é uma das empresas com a maior frota, deveria colocar 74 ônibus para circular. Ela tem percursos longos e atende principalmente os bairros da zona Sul, como Vila Irmã Dulce e Vamos Ver o Sol. Na zona Leste, a empresa faz itinerário para o Planalto Uruguai, Pedra Mole, São Cristóvão e Satélite.
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O chefe do tráfego da Transcol afirmou que está convocando os funcionários para cumprir a determinação do TRT. Ontem, uma liminar expedida pelo Desembargador Meton Marques, presidente do TRT, obriga o Sindicato dos Trabalhadores de Empresas e Transporte Rodoviário (Sintetro) a colocar 50% da frota nas ruas, independente de horário de pico.
Por: Andressa Figuerêdo (do local) e Nayara Felizardo (redação)