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Filhos retribuem amor quando suas mães precisam de cuidados

Para essas mulheres, o Dia das Mães é o momento de receber mais amor, carinho e atenção que já são dedicados cotidianamente.

13/05/2018 08:31

Em algum momento, por motivos diversos, o curso da vida se inverte e aquela que antes era a cuidadora, agora precisa de cuidados. É nesse momento que os filhos podem retribuir tudo que as mães lhes fizeram.

Aos 58 anos Maria do Socorro foi diagnosticada com alzheimer, doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais importantes. Natural de Parnaíba, litoral do Piauí, a matriarca da família Santos, hoje com 80 anos, mora, com um filho, uma irmã e uma auxiliar que cuida da casa adaptada especialmente para ela.


Maria do Socorro foi diagnosticada com alzheimer e hoje recebe cuidado dos filhos (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

De acordo com seu filho, Gervásio Santos, devido ao avanço da doença, a mãe já não lembra de quase ninguém da família. Ela chama os cinco filhos, dez netos e três bisnetos pelo nome do seu caçula, Paulo. “Fazemos de tudo para estar sempre por perto. Todo domingo, o encontro é aqui. Apesar de só um morar oficialmente com ela, nós moramos perto para ajudar nos cuidados cotidianos. Inclusive, o passeio diário com ela no final do dia”, conta.

Antônia Rocha, de 50 anos, também precisa das filhas. Em 2015, a doméstica descobriu um tumor na região lombar e teve que operar. Mesmo após a cirurgia, ela sofreu uma lesão medular que prejudicou o movimento das pernas. “Foi complicado, mas eu nunca desanimei. Tive que passar um tempo em uma cadeira de rodas e minhas filhas que me ajudavam”, afirma.


Antônia Rocha descobriu um tumor na região lombar que a deixou com dificuldade de locomoção (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Laiana Rocha, filha de Antônia, conta que o processo de adaptação a nova rotina aconteceu naturalmente. “Hoje, graças à fisioterapia, ela consegue caminhar com andador ou com a muleta. Tivemos que mudar de casa para dar mais conforto e ela poder se locomover melhor. Então, nos revezamos para acompanhá-la nas fisioterapias”, explica.

Para Alcesst Oliveira, de 57 anos, tudo começou a mudar quando a família descobriu, em 2012, que ela estava com o Mal de Parkinson, doença do cérebro que provoca tremores e dificuldade de coordenação motora.


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O filho Bolivo Oliveira conta que sua irmã morava em Brasília e se mudou para Teresina. Os cuidados com a mãe ainda são compartilhados com a outra filha que é enfermeira. “Basicamente, cada um cuida de uma parte das tarefas de casa para mamãe não ter trabalho. Além da fisioterapia, hidroginástica, ela também faz musicoterapia, porque música a deixa feliz”, disse.


Alcesst Oliveira foi diagnosticada com Mal de Parkinson e precisa de cuidados especiais (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Na última sexta-feira (11) Alcesst, que é natural do Rio de Janeiro, estava em um momento especialmente feliz devido ao presente antecipado que ganhou dos filhos: uma viagem. “Eu vou ver minha mãezinha em Angra dos Reis. Ela é de idade, tem 81 anos, não pode vir aqui. Meus filhos se juntaram e me deram de presente e olha só, vamos chegar lá de surpresa”, contou emocionada.

Para essas mulheres, o Dia das Mães é o momento de receber mais do amor, do carinho e da atenção que já são dedicados cotidianamente.


Edição: Nayara Felizardo
Por: Geici Mello
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