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Equatorial nega demissão em massa e diz que Cepisa fechará 2018 com déficit

Concessionária de distribuição de energia do Piauí disse que a empresa demitiu 12 funcionários e contratou 15. "œNão vamos reintegrar ninguém porque não houve demissões".

31/10/2018 13:48

A Equatorial Energia S.A – concessionária de distribuição de energia elétrica do Piauí – contestou hoje (31) a decisão judicial que a proibiu de demitir empregados até abril de 2019  e que obriga a empresa a anular todos os desligamentos realizados desde a privatização da distribuidora estatal, a extinta Eletrobras. Em entrevista, o presidente da Equatorial no Piauí, Nonato Castro, disse que apenas 12 funcionários foram demitidos e  que 15 foram contratados e negou que tenha havido desligamentos em massa da empresa.

De acordo com ele, a Cepisa possuía um excedente de pessoal em seus quadros e o momento que a empresa vive, com um déficit em suas contas, pede uma reavaliação nesse sentido de modo a reajustar as despesas. “A Cepisa agora é uma empresa privada e, como toda empresa privada, precisa ter lucro até para se sustentar, para pagar os compromissos que tem. Nós não podemos ter quatro ou cinco pessoas desenvolvendo a mesma atividade, por exemplo”, afirmou Nonato Castro.


O presidente da Equatorial Energia no Piauí, Nonato Castro (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

O presidente da Equatorial no Piauí lembra que a empresa assumiu uma dívida de mais de R$ 2,5 bilhões da Cepisa quando começou a operar no Estado e que, só de investimento inicial, foram aplicados R$ 720 milhões. A distribuidora de energia piauiense, no entanto, deve encerrar 2018 com um déficit de mais de R$ 300 milhões em suas contas, segundo as previsões de sua presidência.

“Nós antecipamos o pagamento do PLR [Participação em Lucros e Resultados] aos funcionários, que seria pago somente no próximo ano. Isso afetou ainda mais o caixa, porque como é que se paga bônus para todos os colaboradores por resultado e lucro se a empresa, ao longo do ano, não teve resultado nem lucro? Nós precisamos entender que trabalhamos com um bem de primeira necessidade e que a empresa precisa ter lucros para poder investir, para treinar as pessoas, implantar um modelo e então opera-lo. Como ela vai ter recurso se não se viabilizar?”, declarou Nonato.

A Equatorial Energia foi notificada ainda ontem da decisão da juíza Thania Maria Bastos Lima Ferro, mas disse que não vai reintegrar ninguém a seus quadros porque, segundo a empresa, não houve demissões. O assunto, de acordo com a presidência da concessionária, está sendo analisado pelo corpo jurídico da instituição.

Por: Maria Clara Estrêla
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