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Ensino Superior: Teresina é a terceira cidade que mais atrai pessoas para estudar

Das 100 cidades do Piauí, Teresina é o principal destino para cursar ensino superior

06/07/2020 10:46

Segundo a pesquisa Regiões de Influência das Cidades (Regic) 2018, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o arranjo populacional de Teresina, composto pela capital piauiense e por Timon (MA), é o terceiro que mais atrai pessoas de outras cidades para fazer cursos de Ensino Superior. Em primeiro lugar aparecem os arranjos populacionais de Belém (PA) e Salvador (BA)

Arranjos populacionais são regiões compostas por mais de um município, que possuem integração significativa em razão da contiguidade territorial ou dos frequentes deslocamentos para trabalho ou estudo.

Para os moradores de 100 cidades do Piauí, Teresina é o principal destino para cursar Ensino Superior. Além disso, há 50 cidades da região central do Maranhão que sofrem influência tanto de Teresina quanto de São Luís (MA) para esses deslocamentos.

A capital piauiense ainda atrai outras cidades do Leste maranhense como o principal destino para fazer cursos de Ensino Superior. Para definir a atratividade, a pesquisa considera cursos presenciais e da modalidade de Ensino à Distância (EaD) nos níveis de graduação e de pós-graduação.

Os piauienses se deslocam, em média, 127 km para fazerem cursos de Ensino Superior. A distância é a décima maior do País e é superior à média nacional de 92 km. O Amazonas possui a maior quilometragem média, sendo percorridos por volta de 409 km pelos amazonenses que pretendem cursar Ensino Superior. Já em Santa Catarina, são encontradas as menores distâncias: em média 46 km. As distâncias percorridas são influenciadas por diversos fatores como a extensão territorial dos estados e a distribuição de polos de Ensino Superior em cidades de menor porte. 

Quando precisam utilizar um aeroporto, os piauienses percorrem uma média de 237 km, o quarto maior deslocamento encontrado no país. Apenas Mato Grosso (284 km), Amazonas (273 km) e Roraima (240 km) possuem médias superiores. A média nacional ficou em 174 km.

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Dentre todos os temas investigados na pesquisa, o deslocamento para aeroportos foi o que obteve as maiores médias em todo o País. Isso se deve ao fato de que esses locais estão presentes em um pequeno número de centros urbanos, fazendo com que a maioria das cidades se desloque mais para acessá-los. No Piauí, o resultado teve influência da polarização exercida pela capital, Teresina, na oferta de serviços aeroportuários.

O estado do Amazonas, apesar da extensão territorial e de possuir municípios com acessibilidade mais remota, apresenta um maior número de aeroportos regionais, responsáveis por diminuir relativamente a distância dos deslocamentos quando comparado a Mato Grosso.

Os deslocamentos para aeroportos são os únicos em que as maiores médias não se concentram na região Norte (197 km), mas sim no Centro-Oeste (222 km). Em terceiro lugar, fica o Nordeste (179 km), em quarto a região Sul (159 km) e por último, com as menores distâncias, o Sudeste (157 km).

Parnaíba e Luís Correia se destacam nacionalmente em atividades culturais

As cidades de Parnaíba e Luís Correia, no litoral piauiense, são destaques nacionalmente pela atratividade de pessoas para atividades culturais, de acordo com a pesquisa realizada pelo IBGE. Parnaíba se notabiliza pela quantidade de pessoas que visitam a cidade e Luís Correia se destaca por atrair pessoas que percorrem longas distâncias.

Além dos deslocamentos para ter acesso a equipamentos culturais especializados, como cinemas, teatros e museus, a pesquisa também considera a quilometragem percorrida em busca de outras manifestações culturais, como shows e festividades.

Os deslocamentos para Parnaíba em busca de atividades culturais (dentre elas festas e festivais) se sobressaem em meio aos outros fins pelos quais a população de outros municípios visita a cidade. Entre as cidades do país na mesma situação, em que a atração para fins culturais é muito superior a outras finalidades, Parnaíba se destaca como a décima quinta com maior índice de atratividade, com possibilidade de atrair até 114.464 visitantes. 

O índice de atração aponta a quantidade potencial de pessoas que um município pode atrair para a aquisição de determinado bem ou serviço. Esse índice não corresponde ao número de pessoas que efetivamente se deslocam às cidades, mas oferece um parâmetro comparativo da atração entre diferentes municípios.

Já Luís Correia atrai pessoas que fazem os maiores deslocamentos do país em busca de atividades culturais: a cidade chega a receber moradores de Imperatriz (MA), a mais de 700 km de distância, para esta finalidade. O município piauiense é uma exceção, pois os deslocamentos para essa temática são, geralmente, curtos e regionalizados. A média percorrida no Piauí com finalidades culturais é de 61 km, abaixo da média brasileira, que é de 66 km.

Atividades esportivas

Quando se trata de assistir ou praticar atividades esportivas em outras cidades, os piauienses percorrem uma média de 53 km, a quinta menor distância do Brasil. Apenas Espírito Santo (52 km), Rio Grande do Norte (47 km), Sergipe (38 km) e Paraíba (32 km) possuem médias inferiores. Nesse quesito, o Piauí está abaixo da média do país, que é de 73 km. 

A pesquisa aponta que nas cidades em que há clubes de futebol populares, também há maior atratividade para deslocamentos em busca de atividades esportivas. Nesses casos, o estudo revela que ocorre atração tanto para jogar futebol quanto para compor a arquibancada nas partidas disputadas.

Já nas regiões onde o acesso a estádios de futebol com equipes de renome é remoto, os destinos para a prática de outros esportes pela própria população, como trilhas de ecoturismo, jogos aquáticos, competições escolares, por exemplo, ganham importância. 

Por: Da redação
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