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Em julgamento, acusado de chacina pede perdão e cita trechos da Bíblia

Depoimento de Chiê foi interrompido pelo juiz Leonardo Brasileiro que exigiu que o acusado parasse de fazer "pregação".

26/06/2018 15:46

Continua durante a tarde desta terça-feira (26), o julgamento de Clewilson Matias Vieira, conhecido como Chiê, acusado de matar cinco pessoas durante uma chacina ocorrida em 30 de outubro de 2014 na cidade de São Miguel do Tapuio, a 271 Km de Teresina, mesmo município onde ocorre o julgamento.

Chiê chega ao Fórum Milton Evaristo de Aragão. (Foto: Reprodução/Portal Samita)

Durante o seu depoimento perante o Tribunal do Júri, o réu confessou novamente os crimes e lamentou as mortes. Em sua fala, que durou cerca de 40 minutos, Chiê pediu perdão às famílias das cinco vítimas e citou vários trechos bíblicos, causando reação do juiz Leonardo Brasileiro, titular da Comarca de Castelo, que pediu para o réu parar de fazer “pregação”.

Além de Chiê, também foram ouvidas durante o julgamento sete testemunhas de acusação e três testemunhas de defesa. No momento, o promotor do caso, Ricardo Trigueiro, está fazendo as suas alegações finais. A previsão é de que a sentença de Chiê seja dada ainda hoje.

Entenda o caso

Iniciou por volta das 8h30 da manhã desta terça-feira, o julgamento de Clewilson Matias Vieira, 38 anos, apontado como autor da chacina ocorrida em São Miguel do Tapuio em 30 de outubro de 2014. No relatório da Polícia Civil, que embasou a denúncia oferecida pelo Ministério Público e recebida pela Justiça, consta que Chiê atirou e matou a própria esposa, Maria Moreira, e outras quatro pessoas: o estudante Sidney Tavares, o professor de informática Roberto Crisóstomo, o comerciante Cláudio Barros Oliveira e o líder comunitário Juvêncio dos Reis.

Em seu depoimento, o réu alegou que tinha desavenças com todas as vítimas e estaria revoltado com o fato de eles terem assinado um abaixo-assinado pedindo sua saída da cidade. Chiê responde diante do Conselho de Sentença por cinco homicídios e porte ilegal de arma de fogo. No ato de sua prisão, a polícia o encontrou com uma espingarda, uma pistola e uma submetralhadora.

O julgamento não tem hora para encerrar, mas serão ouvidas mais de dez testemunhas entre defesa e acusação, antes das alegações da defesa e da tomada de depoimento do réu.

Aguarde mais informações

Por: Nathalia Amaral, com informações de Francisco Alves (de São Miguel do Tapuio)
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