A renda nos domicílios piauienses ficou em R$ 827,00 por pessoa no ano passado, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). As informações baseadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua são utilizadas para o cálculo do rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal – FPE.
O rendimento do Piauí supera apenas o Pará (R$ 807,00), Alagoas (R$ 731,00) e o Maranhão (R$ 636,00). Na ponta de cima do ranking está o Distrito Federal, que apresentou a maior renda, R$ 2.686, e foi acompanhado de São Paulo (R$1.046) e Rio de Janeiro (R$ 1,882). Já a média nacional não passou dos R$ 1.439. A renda do Piauí representa pouco mais da metade do valor apresentado pelo Brasil e 30,78% do rendimento do DF.
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No comparativo da série histórica do levantamento, o Piauí cresceu 13,6%. Em 2015, o rendimento era R$ 728,00, evoluiu para R$ 747,00 em 2016, R$ 750,00 em 2017, R$ 817,00 em 2018 e R$ 827,00 em 2019. Comparado com as outras unidades da federação, essa evolução é considerada a quarta menor, ficando à frente apenas de Amazonas (11,82%), Amapá (4,76%) e Roraima (3,57%). Por outro lado, os melhores desempenhos ficaram com Rio de Janeiro (46,57%), Mato Grosso do Sul (45,02%) e Ceará (38,33%).
“O rendimento domiciliar per capita foi calculado como a razão entre o total dos rendimentos domiciliares (em termos nominais) e o total dos moradores. Todos os moradores são considerados no cálculo, inclusive os moradores classificados como pensionistas, empregados domésticos e parentes dos empregados domésticos. Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos de trabalho e de outras fontes”, explicou o IBGE sobre a metodologia aplicada.
Desigualdade entre regiões
De acordo com o levantamento, dos 23 estados, apenas oito tiveram renda familiar mensal per capita superior a um salário mínimo. A disposição dessas unidades federativas apontam uma desigualdade quanto ao rendimento das regiões.
Os estados com os menores valores estão localizados nas regiões Norte e Nordeste, enquanto o Sul, Centro-Oeste e Sudeste possuem os maiores rendimentos. Se comparado o Distrito Federal com Alagoas, a renda é quase quatro vezes maior para o DF.
Por: Otávio Neto