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Dom Jacinto: cristãos devem ser 'exemplo de solidariedade' por um mundo melhor

Arcebispo presidiu a celebração da Paixão do Senhor, durante a qual os católicos relembram o julgamento, a paixão, a crucificação e a morte de Jesus Cristo.

14/04/2017 17:40

Milhares de católicos lotaram a Catedral Nossa Senhora das Dores e sua parte externa para acompanhar, na tarde desta sexta-feira (14), a celebração da Paixão do Senhor, que foi seguida pela Procissão do Senhor Morto.

Fiéis fazem fila para beijar imagem de Jesus Cristo crucificado (Fotos: Assis Fernandes / O DIA)

Durante o evento ecumênico - que ocorre na "Sexta-feira Santa" ou "Sexta-feira da Paixão" - os católicos relembram o julgamento, a paixão, a crucificação e a morte de Jesus Cristo. A celebração foi presidida pelo arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho.

"Para nós, cristãos, a Sexta-feira Santa marca sempre esta memória da morte redentora de Jesus no calvário, mistério que sempre nos impressiona, porque foi o preço da nossa salvação. Nunca vamos entender por que foi necessário que Jesus - o filho de Deus - tivesse que dar a sua vida para que nós pudéssemos ser perdoados e pudéssemos ser reconciliados com Deus. Isso pertence ao próprio mistério de Deus. A nós compete viver da fé, acolher isto e agradecer a Deus o dom da vida nova que Ele nos trouxe em seu filho", pontuou Dom Jacinto.

O arcebispo falou aos fiéis que, embora esta data seja guardada para refletir sobre a morte de Jesus Cristo, é preciso também apreciar sua ressurreição, que, por sua vez, é relembrada no Domingo de Páscoa. "O nosso Deus é o Deus da vida. Jesus passou pela morte para chegar à glória da ressurreição. Por isso, o Domingo de Páscoa é a culminância de toda a Semana Santa", acrescenta o arcebispo.

Celebração da Paixão de Cristo na Catedral de Nossa Senhora das Dores reuniu milhares de católicos (Fotos: Assis Fernandes / O DIA)

Dom Jacinto também falou sobre o atual momento de crise humanitária e de forte tensão por que o mundo passa, com a guerra civil instalada na Síria, a multiplicação dos atentados terroristas e o risco de guerra entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte. Para o clérigo, cabe aos cristãos dar um "exemplo de solidariedade" às demais pessoas, para que o amor seja propagado pelo planeta.

Dom Jacinto dá início à Procissão do Senhor Morto, em frente à Catedral de Nossa Senhora das Dores (Fotos: Assis Fernandes / O DIA) 

"Eu creio muito na força do testemunho. Jesus disse que seus discípulos e suas discípulas são como fermento, que está na massa sem sequer ser percebido, mas está ali fermentando. Então, atitudes concretas de solidariedade, de perdão e de promoção do bem às pessoas, sobretudo às mais fracas e que estão à margem, estes são sinais de salvação. Por meio desses atos nós dizemos aos mais fortes que eles não podem destruir os mais fracos. A vida de cada pessoa tem que ser respeitada em todos os sentidos. Então, esses testemunhos, essas atitudes é que vão ajudando a mudar a mentalidade de algumas pessoas. Vão ajudando a dar uma nova luz dentro desse túnel de violência, de ódio e de vingança, no qual muitas pessoas estão", conclui Dom Jacinto.

               

Por: Cícero Portela
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