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Delegada diz que informação pode ajudar no combate de feminicídios

Vilma defendeu também a liberdade humana descrita na própria Constituição além de políticas públicas voltada para as mulheres

14/01/2020 16:11

A titular da Delegacia da Mulher, delegada Vilma Alves, participou de uma entrevista no Jornal O Dia News 1º Edição, na tarde desta terça-feira (14). Vilma falou sobre feminicídio, outras leis de proteção às mulheres e dados divulgados recentemente no Relatório de Criminalidade 2019, divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI).

Delegada Vilma Alves. Foto: Jailson Soares.

“A mulher tem que ser vista como cidadã e não como propriedade de ninguém. Costumo dizer que a mulher, desde 05 de outubro de 1988, deixou de ser objeto para ser sujeita de direitos”, declarou.

Segundo os dados divulgados pela Secretaria, o número de feminicídios cresceu 35% no interior do Piauí, enquanto em Teresina a redução foi de 45% nos casos. Para a delegada, a educação e informação da capital resultaram na redução do crime.

“A informação no interior às vezes demora chegar. Aqui (Teresina), temos mais facilidades de comunicação, apesar de que o telefone celular está em quase todos os lugares. Mas é sempre como eu falo: a informação levada até as pessoas e, por exemplo, as escolas, precisam debater sobre o assunto. E no interior do Piauí isso acaba sendo mais complicado. E hoje existe a necessidade de toda a sociedade falar sobre a violência contra mulher”, disse.

Como forma de combate, Vilma defendeu a liberdade humana descrita na própria Constituição além de políticas públicas voltada para as mulheres.

“O artigo 5 da Constituição diz que todos nós somos livres. Se a nossa liberdade, que é o maior direito constitucional que temos, é tirada de nós, a pessoa está cometendo um enorme crime. Ninguém é dono de ninguém. Por isso, a necessidade de investimento em educação, de inteligência da polícia e, principalmente politicas públicas de encorajamento das mulheres. A mulher que sentir que seus direitos foram violados, em qualquer situação, deve imediatamente ir a uma delegacia denunciar sem medo”, concluiu.

Por: Jorge Machado, do Jornal O Dia
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