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Defesa Civil monitora duas áreas com risco de desabamento em Teresina

A região do Residencial Pedro Balzi e do Parque Vitória apresentam os maiores riscos de desastres naturais durante o período chuvoso em Teresina. Defesa Civil trabalha com um plano de contingência.

19/12/2016 10:13

Com o início do período chuvoso aumentam os riscos de deslizamentos de terras e desabamentos em Teresina, principalmente nas regiões de morros e encostas. Como a meteorologia prevê mais precipitações ao longo dos próximos dias, a Defesa Civil iniciou o monitoramento das áreas consideradas de risco na Capital. São duas as regiões com maior probabilidade de desabamentos ou deslizamentos de terra: o residencial Pedro Balzi, na zona Sudeste, e o Parque Vitória, na zona Sul.

Em conversa com a reportagem de ODIA, o tenente Sebastião Domingos, agente da Defesa Civil do Piauí, explica que esse monitoramento é feito com base nas áreas que apresentaram os maiores problemas por conta da chuva no ano anterior. “Nós deixamos mapeadas como áreas de risco aquelas que tiveram ocorrências no inverno anterio, áreas que têm alguma alteração em sua geografia, que passaram a ser habitadas e locais próximos a córregos”, explica o tenente Domingos.

Fotos: Mouras Alves/ODIA

A Defesa Civil classifica o Residencial Pedro Balzi, por exemplo, como um local de múltiplos riscos, com possibilidade desabamentos, alagamentos e deslizamentos em um ponto só. O local, segundo o tenente Domingos, se trata de uma invasão na base de um morro, onde a encosta já foi modificada. Outra área de preocupação para a Defesa Civil é o Parque Vitória, que também se trata de uma invasão e, por isso, não conta ainda com uma infraestrutura mais adequada fornecida pelo poder público.

O trabalho de monitoramento da Defesa Civil acontece após o trabalho preventivo. O tenente Domingos explica que o órgão cadastra a família para ser acompanhada pelo serviço social da Prefeitura e algumas são, muitas vezes, retiradas do local. As equipes são direcionadas de acordo com a demanda.

“Nós trabalhamos assim: nos preparamos para a situação mais desfavorável através de um plano de contingência. Se acontecer desastres ou alagamentos em grandes proporções, temos órgãos auxiliares para a Defesa Civil como a Prefeitura, por meio da SEMTCAS, SEMDUH, as SDU’s, e o Exército, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que trabalham juntos na orientação e retiradas das famílias das áreas de risco. Temos um plano de contingência organizado para, à medida que os desastres aumentem, nós saibamos a quem recorrer”.

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Ao final do período chuvoso, a Defesa Civil já inicia a preparação para as operações do ano seguinte através de ações de planejamento, aproveitando para dar orientações às famílias em casos de risco. O tenente Domingos chama a atenção para a poda de árvores próximo ao inverno. “A chuva vem e carrega esse material entupindo os bueiros e causando enxurradas e alagamentos temporários”, diz.

A Defesa Civil chama atenção ainda para o fato de os desastres provocados pela chuva, além de causas naturais, também como fator agravante a ação humana. A orientação que o órgão dá é que os moradores, que são os primeiros a monitorarem as áreas, vejam se há risco de alagamento ou deslizamento e acionem o poder público imediatamente para tomar as providências. A Defesa Civil do Estado está trabalhando articulada com o Corpo de Bombeiros e pode ser acionada também através do 193.

Por: Natanael Sousa e Maria Clara Estrêla
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