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Crianças e adolescentes precisam ter informações sobre o Covid-19

Organização Mundial da Saúde (OMS), em conjunto com o governo chinês, aponta que eles são vetores da doença.

21/03/2020 09:38

As crianças fazem parte do grupo menos afetado pelo novo coronavírus por razões ainda desconhecidas pelos cientistas. Mas em um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), em conjunto com o governo chinês, aponta que eles são vetores da doença.

Foto: coronavírus

Por este fator, a psicóloga infantil Valéria Macêdo acredita que é preciso informar as crianças e os adolescentes sobre o atual cenário, pois esta é uma forma de prevenção contra o vírus.

“É mito achar que as crianças não entendem. Elas não entendem como os adultos, mas é necessário explicar para elas o que está acontecendo, dizendo: ‘tem muita gente doente, essa é uma gripe que pode ser que alguém que  a gente conheça vai ficar gripado, e é por isso que a gente está em casa esses dias, para não ficar doente e não passar doença para ninguém´. Não precisa causar pânico na criança. E vai respondendo de acordo com que ela vai preguntando”, indica.

No estudo da OMS, verificou-se ainda que crianças com menos de 10 anos expostas ao vírus o contraíam na mesma taxa que os adultos, na faixa de 8%. O risco de contaminação é o mesmo. Já uma pesquisa publicada no The Pediatric Infectious Disease Journal revela que crianças e adolescentes respondem por apenas 2% das hospitalizações em razão do novo vírus. A maioria dos pacientes tinha alguma outra doença pré-existente.

Para manter os baixos níveis, Valéria diz que é necessário falar a verdade da maneira mais simples e tranquila, além de aproveitar o momento da quarentena para fazer as tarefas da escola, adiantar algum conteúdo. É possível que os pais se aproximem das crianças, inventar brincadeiras, pular corda ou elásticos, fazer brincadeiras antigas, jogar em jogos de tabuleiros e evitar eletrônicos para poder interagir com outras pessoas.

“Se alguma criança ficar nervosa, é preciso trabalhar a respiração, porque alguma hora ela vai escutar sobre a pandemia e tem que dizer que ‘nós moramos em um país, e outras pessoas moram em outros países. Pandemia quer dizer que pessoas no nosso país e outras estão com a mesma doença, então é necessário que a gente fique em casa. E que gripe a gente pega pela gotícula de saliva e a gente sem querer passa a mão na boca, no olho’, tem que ir explicando. Não é pra gente cria pânico”, conclui.

Edição: Adriana Magalhães
Por: Jorge Machado, do Jornal O Dia
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