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Nesta quinta-feira (22), o
decreto estadual que trata sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais
em espaços públicos no Piauí completa um ano. O uso do equipamento de proteção
individual continua sendo indispensável para a prevenção contra a covid-19 e é
uma das principais medidas preventivas de enfrentamento à pandemia,
contribuindo para a redução do número de casos.
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No entanto, apesar dos alertas das autoridades de saúde e dos estudos científicos que comprovam a eficácia do uso de máscaras para a prevenção do contágio, muitas pessoas ainda negligenciam o uso do equipamento ou o utilizam de maneira incorreta. Sobre isso, a diretora da Vigilância Sanitária do Piauí, Tatiana Chaves, faz o alerta.
Máscara não deve deixar nariz ou boca expostos. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
“Apesar de todas as informações que nós já temos sobre a eficácia dessas medidas, elas dependem essencialmente da adesão e do comprometimento de cada cidadão com a sua saúde, do seu próximo e de toda a coletividade”, ressaltou a diretora da Divisa.
Vale lembrar que o Piauí foi um dos primeiros estados do país a tornar o uso de máscaras obrigatório e a adesão da população à medida de prevenção, associada a outras medidas como o distanciamento social e higienização das mãos, é importante para que os índices de transmissão sejam controlados no estado.
Máscara não deve ser usada no queixo. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
“É uma medida que a gente já vem há um ano dando ênfase sobre a sua importância e eficácia, mas nós precisamos insistir com a população sobre o uso das máscaras faciais. Nós precisamos dar continuidade à adesão das medidas preventivas contra a Covid-19. Não podemos relaxar, pois só assim nós vamos conseguir controlar a disseminação da doença e evitar que mais óbitos ocorram com a nossa população”, destacou a diretora da Divisa, Tatiana Chaves.
O professor Bruno Barbosa é um dos piauienses que não abre mão do uso do equipamento de proteção. Segundo ele, desde a publicação do decreto que determina a obrigatoriedade no Piauí, o uso de máscaras virou rotina. Contudo, um ano após a determinação, a utilização da máscara de pano foi substituída pelo uso de duas máscaras sobrepostas, para garantir maior segurança.
“Decidi começar a usar duas máscaras pela certeza de maior proteção contra a contaminação pelo coronavírus. Costumo acompanhar as notícias relacionadas a novos estudos sobre a pandemia e uma delas divulgou o resultado de um estudo feito pelo CDC estadunidense onde eles diziam que as máscaras de pano não tinham tanta eficácia quanto achávamos. Lembro que a sugestão do próprio CDC era que a gente passasse a utilizar duas máscaras ao mesmo tempo: uma cirúrgica e uma de pano”, afirma.
Foto: Divulgação/Fiocruz
O professor relata ainda que, por ser asmático, o uso da máscara gera um desconforto ao respirar. Apesar disso, ele reitera que não abre mão da proteção com medo do contágio pelo vírus. “Minha respiração fica muito limitada, principalmente no nosso inverno, por conta da mudança de clima, e, com duas máscaras, aí é que fica ruim mesmo. Mas é um preço muito baixo a pagar pela minha proteção e da minha esposa, que também é grupo de risco. Então, hoje, uso as duas máscaras sem reclamar de nada, é o mínimo que eu posso fazer por mim e pelos que estão em contato comigo”, completa.
Em alusão ao marco comemorativo, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), o Centro de Operações Emergenciais (COE), a Diretoria de Vigilância Sanitária do Piauí (Divisa) e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Piauí (Cosems) fazem mais um alerta à população enfatizando a importância do uso da máscara, tanto nos estabelecimentos públicos e privados, quanto em vias públicas.
Uso de máscaras é obrigatório em espaços públicos e privados no Piauí. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
O documento informa ainda à população sobre a obrigatoriedade do uso da máscara antes de sair de casa, ao deslocar-se por via pública e em locais onde há grande circulação de pessoas, inclusive durante a realização de atividades físicas, como as caminhadas em vias públicas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), bem como as demais autoridades sanitárias, defendem que o uso da máscara facial, com a lavagem das mãos, uso de álcool em gel a 70% e a não aglomeração de pessoas, constituem como as medidas mais eficazes no enfrentamento à Covid-19.