Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Covid-19: Pacientes que se curaram podem apresentar sequelas graves

Em casos casos em que a doença avança com gravidade, pacientes curados podem necessitar continuar tratamento por um longo período.

17/08/2020 16:30

Cinco meses após o início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, 3.340.197 milhões de brasileiros e 66.078 mil piauienses já foram contaminados pela doença. Até o momento, a Covid-19 já causou quase 108 mil mortes em todo o país. Mesmo para aqueles que contraíram a doença e conseguiram se curar, a recuperação pode ser longa e as sequelas dolorosas.


Leia mais:

Pacientes curados podem continuar transmitindo a Covid-19, alerta infectologista 


É o caso do assistente administrativo Leonardo Monteiro, de 34 anos, que contraiu o novo coronavírus no mês de abril. Mesmo sem comorbidades e sem ficar hospitalizado, o assistente administrativo conta que ainda necessita fazer fisioterapia pulmonar, devido às sequelas da doença. Ele chegou a ter 50% dos pulmões comprometidos.

Pacientes que se curaram podem apresentar sequelas graves. (Foto: Divulgação/Sesapi)

“A sequela mais perceptível foi por conta da pneumonia. Sinto muita fadiga e perdi muito peso. A fadiga fica por um bom tempo, em alguns casos, como no meu, fica uma sequela, que pode requerer fisioterapia pulmonar”, afirma.

O caso de Leonardo, assim como de outros pacientes que contraíram o novo coronavírus na sua forma moderada ou grave, mostra que, mesmo após curados, alguns pacientes precisam continuar o tratamento das sequelas resultadas da doença.

A infectologista Elna Amaral explica, em casos em que a doença avança com gravidade, como os de pacientes que necessitam de terapia intensiva, pode acontecer um grau de comprometimento pulmonar acarretado por lesões pulmonares que necessitará de acompanhamento médico mesmo após a alta.

“Mesmo aquelas pessoas mais jovens, que não fumam, não saem com 100% do pulmão em funcionamento. Ela vai ter algum déficit respiratório, com alguma dificuldade em maior ou menor grau, porque gera um processo inflamatório não apenas no pulmão, mas em outros órgãos também “, explica.

Em sua forma mais grave, a Covid-19 é uma doença sistêmica, que pode afetar diversos outros órgãos. Por isso, as sequelas também podem envolver insuficiência renal, comprometimento neurológico, hipertensão, entre outras patologias.

Vale lembrar que, mesmo com o grupo de risco delimitado, pessoas jovens e sem doenças pré-existentes podem desenvolver a forma mais grave da doença e vir a óbito. Por isso, os cuidados com o isolamento social, higienização de mãos, roupas e sapatos e  o uso de máscara deve ser indispensável.

Por: Nathalia Amaral
Mais sobre: