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Covid-19: pacientes morrem em Campo Maior; prefeito recomenda uso de ivermectina

Joãozinho Félix (MDB) disse que ainda há outros pacientes esperando por atendimento e que eles foram mandados para suas residências – e que número de vítimas podem aumentar

24/03/2021 10:20

Atualizada às 11h33

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informou que não foram registrados óbitos de pacientes dentro de ambulância, na última terça-feira (23), a espera de leitos no Hospital Regional de Campo Maior (HRCM). 

Segundo a Sesapi, os dois óbitos registrados no dia 23 de março, foram de pacientes que já estavam internados na unidade de saúde. Quanto à frequência de ambulâncias na data de ontem, apenas dois veículos deram entrada, ambas para fazer transferência de pacientes para Teresina. 

O HRCM dispõe de 14 enfermarias com 50 leitos (clínicos e de estabilização), com canalização de gases e toda a estrutura para atendimento de pacientes com Covid-19, além de dois médicos 24h e equipe multiprofissional.  No momento, a unidade de saúde possui 19 vagas. 

O Hospital Regional de Campo Maior atende a cidade de Campo Maior e 20 municípios da região. Quanto ao setor da maternidade no HRCM, o mesmo está em pleno funcionamento.



Matéria original

Dois pacientes com Covid-19 morreram dentro de ambulâncias enquanto aguardavam leitos no Hospital Regional de Campo Maior, a 75 km de Teresina, na noite dessa terça-feira (23). As informações são do prefeito Joãozinho Félix (MDB), que disse em entrevista ao Portal O Dia que ainda há outros pacientes esperando por atendimento e que eles foram mandados para suas residências – e que número de vítimas podem aumentar nos próximos dias devido à superlotação. O gestor recomendou ainda o uso de ivermectina para o tratamento da doença sob a alegação de que não existe outro medicamento disponível. Ontem, a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou uma nota afirmando que a utilização de remédios como hidroxicloroquina, cloroquina e ivermectina deve ser banida em qualquer fase de tratamento do novo coronavírus.

Foto: Reprodução/Ascom


“Campo Maior não tem leito de UTI, tem apenas leitos simples e eles estão lotados. Tentamos contato com a regional de Piripiri assim como as unidades de Teresina, que também estão todas lotadas. Tivemos que mandar os outros pacientes para suas residências. Recomendamos o uso de ivermectina como os médicos estão orientando, porque afinal de contas nesse momento de colapso eles vão tomar o quê? Então temos essa opção para amenizar a situação”, disse.


O gestor alertou que outros pacientes com Covid-19 podem morrer nos próximos dias a espera de leitos na cidade. “Infelizmente isso pode acontecer nos próximos dias. Está superlotado e vamos fazer o possível para salvar vidas. Nesse momento é necessário que a população colabore, usando máscara, álcool em gel, seguindo o distanciamento para evitarmos que a situação agrave mais ainda”, disse.

Félix fez ainda uma crítica ao Governo do Piauí. “Já solicitamos assim como a direção da Maternidade Sigefredo Pacheco para que o Governo do Estado possa abrir 27 leitos na unidade para o tratamento de pacientes com Covid-19. O governador ainda não deu uma resposta e não está atento a situação da cidade”, completou.

O Hospital Regional de Campo Maior atende os moradores e outros 20 municípios da região, conforme o gestor. A unidade é gerida pelo Governo do Piauí.

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