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Cortes de bolsas em instituições também causam impacto social

Pró-reitor destaca que, além de trazer prejuízos no campo de pesquisas e inovação, os cortes prejudicam financeiramente os alunos.

19/02/2020 08:35

No Instituo Federal do Piauí (Ifpi), diversos cursos foram afetados com o corte das bolsas em 2019, como Mecânica, Biologia, Informática, Eletrônica, Eletrotécnica, entre outros. A maior parte das bolsas de pesquisa é voltada para a área de convivência com a seca e produção agrícola no Piauí, “pois é uma área muito sensível, especialmente em um Estado como o nosso, na produção de alimento, do semiárido e sertão piauiense”, disse pró-reitor José Luís de Oliveira e Silva.


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O valor das bolsas varia de R$ 100 a R$ 400, sendo R$ 100 para bolsas de Ensino Médio, pagas pelo CNPQ, e R$ 300 as pagas pelo Ifpi, além de bolsas de Ensino Superior, de R$ 400. O corte tem prejudicado os alunos, não somente de forma acadêmica, mas também familiar.


O corte das bolsas em 2019 afetou áreas como Mecânica, Biologia, Informática, Eletrônica, Eletrotécnica - Foto: Arquivo O Dia

“A bolsa ajuda muitos alunos. Em média, 80% dos alunos do Ifpi são de classe D e E, de classe baixa, muitas vezes são famílias compostas por oito membros, onde só um trabalha e tem fonte de renda. Então, uma instituição como o Ifpi, para além da Educação em si, oferece uma ajuda financeira para essas famílias, porque esses jovens se alimentam dentro do Ifpi, o que já é uma economia dentro de casa; recebem algum tipo de bolsa e isso ajuda no sustento da família”, conclui o pró-reitor de Pesquisa.

Situação na Uespi e Ufpi

Procurada pela reportagem de O DIA para saber a situação das bolsas ofertadas, a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), por meio da Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, informou que não houve cortes em 2019. Segundo a universidade, atualmente, há 9 bolsas Capes (sendo 5 de Letras; e 4 do Mestrado em Química), as quais não sofreram nem cortes nem atrasos. Além disso, a instituição conta também com 12 bolsas pagas pelo Governo do Estado. Essas, em 2019, tiveram um atraso, mas também não houve cortes.

Já a Universidade Federal do Piauí (Ufpi) foi procurada pela reportagem, mas não deu retorno até o fechamento desta edição.

Por: Isabela Lopes, do Jornal O Dia
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