�šltima atualização às 20 horas
De acordo com Genivaldo Ferreira, secretário de Administração do Sindcom, uma nova mesa de negociação com os dirigentes do Sindlojas estava agenda para esta quinta-feira, mas acabou sendo adiada para a próxima segunda (7). Até lá, o sindicalista afirma que as lojas do Centro da cidade continuarão fechadas.
Além do reajuste salarial de 26%, a categoria também exige que os lojistas passem a fornecer ticket alimentação, auxílio transporte e plano de saúde. No momento, nenhuma dessas garantias está prevista no acordo coletivo dos comerciários.
Eles também denunciam que algumas empresas obrigam os funcionários a trabalhar além das 44 horas semanais. "Hoje, são comuns os casos de comerciários que trabalham muito mais que isso. E o pior é que as empresas não fornecem alimentação. Muitos trabalhadores precisam passar a noite preparando a boia fria para ter o que comer no dia seguinte", reclama o sindicalista.
Notícia original
Os comerciários que iniciaram a greve da categoria nesta quinta-feira (03) fazem manifestação pelo centro de Teresina. Eles saíram da Praça João Luís em passeata e aproveitaram para fechar lojas que encontraram abertas pelo caminho. Por onde passam, os manifestantes fazem muito barulho e soltam fogos.
Fotos: Marcela Pachêco/ODIA
No cruzamento das ruas Barroso com Coelho de Resende, os comerciários quebraram os portões e algumas prateleiras da loja de calçados Paralelas. A gerente ainda tentou intervir, mas não conseguiu impedir a manifestação dos trabalhadores.
Alguns vendedores que estavam trabalhando e clientes se assutaram com a ação dos manifestantes. Uma vendedora do Magazine Luiza chorou e outras pessoas passaram mal.
Desde o início desta semana, o Sindicato dos Empregados no Comércio e Serviços de Teresina (Sindcom) vem mobilizando a categoria para aderir ao movimento. A expectativa é que cerca de 25 mil trabalhadores na capital cruzem os braços a partir de hoje.
A categoria reivindica piso salarial de R$ 1 mil. Atualmente, o valor do piso é de R$ 791,27. Segundo o secretário de Finanças do Sindicato dos Comerciários, José Pereira, o Dedé, a pauta será levada para a próxima mesa de negociação com a classe patronal. �€œAté agora, não tivemos nenhuma proposta apresentada, nem referente ao ticket de alimentação, nem a proposta de reajuste salarial e nem sobre o plano de saúde�€, pontua o sindicalista.
Por
outro lado, o Sindicato dos
Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (Sindilojas/PI) afirma, em nota, que
não existem intransigências nas negociações coletivas por parte da categoria
patronal. "Não houve avanço por que o sindicato laboral condicionou as
negociações ao fornecimento de ticket alimentação. Como a categoria patronal
entende que não há como conceder o benefício, o sindicato laboral suspendeu as
negociações", diz a nota.
O Segundo Secretário Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço (Contracs), Paulo Santos, explica que a reivindicação é também por melhorias de trabalho e denuncia que alguns empregados são forçados a comer em locais impróprios. "Nossa reivindicação também é uma questão de direitos humanos. Sem o ticket, o empregado tem que trazer a marmita de casa e, por vezes, comer no banheiro", desabafa.
Paulo Santos comenta que não admite que a situação continue do jeito que está.
�€s 14h está marcada uma audiência de negociação com o Ministério Público do Trabalho, o sindicato patronal e o sindicatos dos trabalhadores.
"Esperamos que o patronal se sensibilize e atenda a nossa justa reivindicação, caso contrário, continuaremos com a greve por tempo indeterminado", completa o presidente da Contracs, Alcir Matos.
Por: Beto marques (do local) e Nayara Felizardo (redação)