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Comandante da PM vai para a reserva e gera impasse sobre chefia da Corporação

O coronel Lindomar Castilho, que assumiu como comandante da PM no ultimo dia 3 vai sair da ativa no dia 21 e Associação pretende entrar com ação para impedir que ele permaneça no cargo de comandante.

07/04/2018 09:38

A chefia da Polícia Militar do Piauí está sob dúvidas e incertezas, isto porque o coronel Lindomar Castilho, comandante da Corporação, que assumiu o cargo no último dia 03 após a saída do coronel Carlos Augusto para disputar as eleições, deixará a ativa e entrará para a reserva no próximo dia 21. A legislação brasileira não permite que um oficial da reserva ocupe cargo de comando, logo a permanência do coronel Lindomar a frente da PM não é mais certeza.

Em conversa com o Porta O Dia, o comandante da PM explicou o motivo de sua ida para a reserva: um oficial, quando chega à patente de coronel só podem permanecer na ativa por, no máximo, seis anos e neste mês de abril, seu tempo na ativa esgota. Uma vez na reserva, o coronel Lindomar não poderia exercer nenhum cargo de comando.

“Quando eu entrei eram seis anos o prazo máximo para um coronel ficar na ativa e hoje já é menos, são só quatro. De qualquer forma, meu prazo acaba agora e, tecnicamente, eu não posso permanecer no Comando. Mas é uma decisão que cabe, antes de tudo, ao governador. Se ele decidir que eu devo permanecer na chefia da Polícia, mesmo estando na reserva, assim eu o farei”, explicou o coronel Lindomar.


O coronel Lindomar Castilho assumiu o Comando da PM no último dia 03 e entrará para a reserva da Corporação no próximo dia 21 (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

O impasse também envolve a Associação dos Militares do Estado do Piauí (Amepi). Na manhã de hoje, a entidade anunciou que vai entrar com um mandado de segurança para impedir que o coronel Lindomar Catilho, por ventura, permaneça no Comando da PM após sair da ativa. O major Diego Melo, vice-presidente da Associação, afirmou que a lei deve ser cumprida, antes de tudo, e que caso o governador Wellington Dias autorize que o comando continue nas mãos do coronel Lindomar, o Ministério Público será acionado.

“A ação já está pronta e estamos só aguardando uma definição. Nós temos, atualmente, 21 coronéis na ativa que estão aptos a assumir o Comando da Polícia Militar. Por que eles não podem ocupar o posto? Nós, enquanto entidade representante da categoria, não aceitaremos que um oficial da reserva assuma a chefia, porque isso nem a lei permite”, disparou o major Diego.

Sobre as declarações da Amepi, o coronel Lindomar disse que não se sente pressionado e evitou polemizar o assunto. “É uma decisão que cabe ao governador, não a mim. Se for para eu sair, tudo bem, eu deixo o Comando. Mas se for para eu ficar, cumprirei com todas as obrigações que se esperam de mim e permanecerei a frente da Polícia Militar”, finalizou o coronel Lindomar.

Por: Maria Clara Estrêla
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