Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Cemitérios em Teresina ocupam área maior do que a de alguns bairros

De acordo com levantamento da PMT, são 36 hectares distribuídos entre 12 cemitérios. O bairro Árvores Verdes, na zona leste, e os bairros Bom Jesus, Itaperu e Morro da Esperança, na zona norte, têm uma área menor.

11/03/2018 08:34

A área que atualmente é destinada aos cemitérios públicos de Teresina daria para construir um residencial com mais de 1.800 unidades habitacionais, considerando lotes de 10 x 20 metros. Mesmo ocupando um espaço tão grande, a capacidade de sepulturas de alguns deles esgotou ainda na década de 90.

De acordo com levantamento da Prefeitura Municipal de Teresina, são 36 hectares distribuídos entre 12 cemitérios. Essa área é maior do que a do bairro Árvores Verdes, na zona leste, e dos bairros Bom Jesus, Itaperu e Morro da Esperança, na zona norte.


A superlotação dos cemitérios tornou-se um problema comum em várias cidades brasileiras (Foto: Assis Fernandes / O DIA)


Além da ocupação de grandes áreas, o espaço para ser construído um cemitério precisa atender critérios técnicos. O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia Ulisses Filho, explica que é obrigatório um estudo do terreno para que não haja contaminação do lençol freático. “E outra questão a ser considerada, embora não seja exigência técnica, é não fazer cemitério próximo de casas, para não desvalorizar a região”, acrescenta o engenheiro.

Segundo o especialista, a tendência é a verticalização dos cemitérios, como uma forma de diminuir essa demanda por espaço para enterrar os mortos. “Isso resolveria também a questão cultural e religiosa, pois as pessoas não aceitam bem ideia de cremação e poderiam manter a tradição enterrando em gavetas”, disse Ulisses.

O engenheiro cita o exemplo do primeiro cemitério vertical da América Latina, o Cemitério São Miguel e Almas, inaugurado em 1930 em Porto Alegre. “Atualmente, o local serve até como ponto turístico”, afirma.


Notícia relacionada:

Custos com enterro podem variar de R$2.450 a R$ 30 mil reais 

A verticalização, considerada um modelo de sepultamento do futuro, já é adotada por cidades como São Paulo, Santos, Fortaleza, Brasília e Curitiba. Em Teresina, ainda não existe projeto nesse sentido, mas os enterros só podem ser realizados em gavetas, sejam elas subterrâneas ou na superfície.

Especial Transmídia: o custo da morte


Por: Nayara Felizardo
Mais sobre: