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Casos de dengue no Piauí aumentam 60,6%, aponta Sesapi

Pelo menos 108 cidades piauienses estão em alerta para o risco da ocorrência de surto de doenças relacionados ao mosquito Aedes aegypti, segundo boletim.

03/05/2019 12:54

O Piauí registrou um aumento de 60,6% nos casos de dengue de janeiro até o início de março deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, é o que aponta o boletim da 17ª Semana Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (03) e revelam que já foram contabilizados no estado um total de 1.384 casos prováveis em 82 municípios. Para efeito de comparação, no ano passado, este mesmo número era de 862 casos notificados em 52 cidades.

Para o superintendente de Atenção à Saúde da Sesapi, Herlon Guimarães, o Piauí está em um período crítico para a ocorrência de dengues de demais arboviroses. “As chuvas começaram a diminuir e como estamos em um clima tropical, as temperaturas aumentam o ciclo, criando um ambiente propício para o ciclo de vida do Aedes aegypti”, alerta.

Os municípios piauienses com maior incidência de dengue para cada grupo de cem mil habitantes são Pavussu (715,3), Alvorada do Gurgueia (606,6), Cristino Castro (509,2), Rio Grande do Piauí (347,8) e Júlio Borges (344,9). É importante lembrar que apesar da alta nos casos, não há registros de óbito por dengue no Piauí.


Foto: Arquivo O Dia

Chikungunya

Em relação á febre chikungunya, já são 163 casos notificados para a doença em 17 municípios, segundo a Sesapi. Houve uma diminuição, já que no ano passado, o Piauí registrou 254 casos em 27 municípios neste mesmo período. A redução é de 35,8%. Outra doença causada pelo Aedes aegypti que também teve uma diminuição nos registros no Piauí em 2019 foi é a zika. Até a 17ª semana do ano, a Sesapi contabilizou seis casos prováveis em quatro municípios. No ano passado foram 21 notificações em oito cidades.

“Existe uma tendência em aumentar o número de casos e estamos com mais de 100 municípios do Piauí em situação de alerta. É um combate que temos que fazer constantemente, principalmente com nossos ambientes domésticos, tendo em vista que 80% dos focos encontrados são nesses ambientes”, ressalta do Herlon Guimarães.


Foto: Arquivo O Dia

Municípios em alerta

Pelo menos 108 cidades do Piauí estão em alerta para o risco da ocorrência de surto de doenças relacionados ao mosquito Aedes aegypti, segundo o boletim da Sesapi. Vinte e cinco municípios estão com Índice de Infestação Predial (II) acima de 4%, ou seja, alta infestação com risco para ocorrência de surto de arboviroses. Em estado de alerta, IIP de 1% a 3,9%, estão 83 municípios e 109 estão com o IIP satisfatório, menos de 1% de infestação.

Os dados são da pesquisa entomológica do Aedes aegypti e foram coletados pelos agentes de endemias nas residências, que verificam se há focos do mosquito no local. Após esse trabalho de campo, as secretarias municipais de saúde alimentam o sistema de informações LIRAa/ LIA do Ministério da Saúde.

O sistema aponta que sete municípios piauienses não realizaram ou não informaram ao sistema os dados da pesquisa entomológica. “Esses dados servem para que tomemos medidas mais efetivas em regiões com maior risco, precisamos desses dados para nortear nosso trabalho. Se um município não notifica sua realidade, ele acaba prejudicando sua população”, alerta Antônio Manoel, supervisor de arboviroses.

Confira a abaixo os municípios em situação de maior risco:

Alagoinha do Piauí, Alvorada do Gurguéia, Avelino Lopes, Belém do Piauí, Campo Grande do Piauí, Cocal de Telha, Demerval Lobão, Fartura do Piauí, Flores do Piauí, Francisco Santos, Guadalupe, João Costa, Júlio Borges, Landri Sales, Marcolândia, Matias Olímpio, Miguel Alves, Monsenhor Hipólito, Morro Cabeça no Tempo, Pajeú do Piauí, Pio IX, Pedro II, Regeneração, Santana do Piauí e Simões.


Foto: Agência Brasil

Prevenção

O superintendente em Atenção à Saúde da Sesapi comenta que governo e população têm que trabalhar juntos para combater o Aedes aegypti e prevenir as doenças por eles transmitidas. “Allém das ações de vigilância e combate, a população deve limpar seus ambientes, descartar seu lixo de forma correta, Não vamos duvidar, as formas graves dessa doença podem sim levar a óbito, o mosquito e o vírus estão circulantes. Não podemos baixar a guarda em momento algum”, finaliza Herlon.

Por: Maria Clara Estrêla, com informações da Sesapi
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