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CAGED: Piauí encerra 2018 com mais de 5 mil novos postos de trabalho

O cenário acompanha o que foi observado no país, com queda na taxa de desemprego; ainda assim, mais de 12 milhões de pessoas estão desempregadas atualmente.

23/01/2019 17:49

Em dezembro, apesar de ser um período já bastante conhecido pelas contratações temporárias, que aumentam o número de postos de trabalho, o Piauí apresentou queda nas admissões. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta quarta-feira (23), e já consolidados, foram 6.233 admissões e 7.056 desligamentos em postos de trabalho no Estado. Isso quer dizer que 823 pessoas foram demitidas no período. No acumulado do ano, no entanto, a variação foi positiva, com a criação de 5.662 mil novos postos de trabalho. Em 1º de janeiro eram 286.014 empregos formais no Piauí.

No comércio do Piauí o saldo foi positivo, com 549 contratações. A maior queda foi no setor da indústria de transformação, com 701 demissões. Em Teresina, o cenário se repete e houve redução nos postos de trabalho. Foram 4.636 admissões e 4.802 desligamentos, levando ao resultado negativo, onde 166 foram demitidas no período.

E, apesar do saldo positivo nos dados nacionais em 2018, janeiro também já inicia com demissões. A estudante Camilla Julianne estava trabalhando em uma empresa de telemarketing em Teresina, em regime de experiência. Há poucos dias, ela foi demitida e não teve a sonhada contratação.

“Eu não tenho como avaliar [a questão da demissão], porque call center é muito rotativo. Tem call center que você consegue passar três meses e tem outros que você consegue passar três anos. Mas isso vai muito de call center pra call center”, analisa.

Apesar disso, Camilla continua esperançosa e avalia positivamente o mercado de trabalho no momento. Na avaliação dela, é uma questão que envolve mais a disponibilidade dos profissionais que o mercado de trabalho em si.

“O mercado de trabalho tem ofertado muitas vagas de emprego. Eu não o colocaria como exigente. Creio que as pessoas são mais exigentes do que o próprio mercado de trabalho, porque muitas vezes a pessoa que tem um ensino superior ou pós-graduação, mesmo que esteja com dificuldade de conseguir uma colocação, ele não quer um emprego com uma remuneração menor do que o condizente com a sua área de formação”, analisa.

No entanto, os dados de emprego nos últimos anos não tem dado tanta esperança assim. Em um contexto de profunda recessão econômica desde 2014, o setor de emprego foi bastante penalizado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego caiu 11,6 em dezembro, mais ainda atinge cerca de 12,2 milhões de brasileiros.

Edição: Nathalia Amaral
Por: Ananda Oliveira
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