A busca pela diversão
com água é comum no
período de férias, em que
muitas pessoas viajam.
Para evitar qualquer tipo
de incidente a quem deseja
aproveitar as altas temperaturas,
a major Najra
Nunes, do Corpo de Bombeiros
do Piauí, reforça
orientações para garantir
a segurança dos banhistas
nas praias, piscinas e no
interior do Piauí.
Nesse período do ano,
muitas pessoas se deslocam
principalmente ao
litoral do Estado, bem como
aos clubes com piscinas,
balneários e barragens.
Essa frequência maior
de banhistas aumenta
de forma considerável os
números de afogamentos.
“As pessoas devem evitar
entrar em rio que tem correnteza
e, de preferência,
também sempre avisar
familiares, algum parente
ou algum amigo para onde
que está indo”, recomenda
Najra.
Segundo a major, a mistura
de banho e álcool
aumenta consideravelmente
os riscos de tragédia.
“A recomendação
é que o banhista não faça
uso de bebidas alcoólicas,
pois, por menor que seja a
quantidade ingerida, acontece
uma diminuição dos
reflexos. Essa pessoa pode
não ter condições de salvar
a si mesma em caso de
afogamento, muito menos
outras crianças pelas quais
esteja responsável, por
exemplo”, esclarece.
No caso de clubes com
parques e piscinas aquáticas,
os responsáveis
devem manter uma supervisão
integral às crianças.
“Antes de entrar no mar
ou na piscina, é imprescindível
observar se por perto
existem salva-vidas, bombeiros,
policiais militares
ou responsáveis. Em caso
de afogamento, segundos
a mais na demora do resgate
podem fazer toda
diferença e acabar em tragédia.
Por isso, nas praias
do litoral, o efetivo de policiais
é sempre reforçado
na extensão das praias
com banhistas. Uma dica
importante é fazer o uso de
roupas com cores vivas e
chamativas, pois elas facilitam
a localização”, ressalta
Najra.
Tomar banho no mar
requer outro cuidado
especial. “A correnteza
na volta das ondas é
muito perigosa e engana.
Oriento que as pessoas
possam ir até onde o nível
da água alcançar o quadril,
no máximo, na cintura.
Além disso, muitas
praias formam piscinas
naturais de água e,
quando a maré sobe, elas
não ficam visíveis. Às
vezes, as pessoas se confiam
porque sabem nadar
e querem ultrapassar o
limite permitido, mas isso
é muito perigoso porque,
nestes locais, há alguns
buracos que podem sugar
o banhista”, alerta.
Por fim, a major Najra
garante que a melhor
forma de proceder em caso
de afogamento é manter
a calma. “É complicado
porque a adrenalina sobe
e o desespero pode falar
mais alto. No entanto,
esquecemos que os nossos
pulmões são como boias
que podem nos fazer submergir.
Portanto, a atitude
correta é manter a calma e
respirar profundamente a
fim de encher a caixa torácica
enquanto aguarda o
resgate”, finaliza.
O Corpo de Bombeiros
lembra ainda que lagoas
e rios têm desníveis que
ficam encobertos pela
água; por isso, só a conscientização
pode salvar
vidas, já que não há como
saber qual é o relevo do
local escolhido para banho
– pode haver buracos,
galhos, limo ou outros
obstáculos que dificultam
ou impedem a saída da
água. A prática de brincadeiras
como saltos a partir
de estruturas elevadas,
como pedras e pontes,
também devem ser evitadas
em função do risco
de acidentes relacionados
a lesões da coluna vertebral,
na cabeça, braços e
pernas.
Ao presenciar qualquer
situação de emergência,
é fundamental procurar
imediatamente um posto
do Corpo de Bombeiros ou
ligar para o número 193.