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Bombeiros alertam para riscos de afogamento

A mistura de banho e álcool aumenta consideravelmente os riscos de tragédia

28/12/2015 08:18

A busca pela diversão com água é comum no período de férias, em que muitas pessoas viajam. Para evitar qualquer tipo de incidente a quem deseja aproveitar as altas temperaturas, a major Najra Nunes, do Corpo de Bombeiros do Piauí, reforça orientações para garantir a segurança dos banhistas nas praias, piscinas e no interior do Piauí.

Nesse período do ano, muitas pessoas se deslocam principalmente ao litoral do Estado, bem como aos clubes com piscinas, balneários e barragens. Essa frequência maior de banhistas aumenta de forma considerável os números de afogamentos. “As pessoas devem evitar entrar em rio que tem correnteza e, de preferência, também sempre avisar familiares, algum parente ou algum amigo para onde que está indo”, recomenda Najra.

Segundo a major, a mistura de banho e álcool aumenta consideravelmente os riscos de tragédia. “A recomendação é que o banhista não faça uso de bebidas alcoólicas, pois, por menor que seja a quantidade ingerida, acontece uma diminuição dos reflexos. Essa pessoa pode não ter condições de salvar a si mesma em caso de afogamento, muito menos outras crianças pelas quais esteja responsável, por exemplo”, esclarece.

No caso de clubes com parques e piscinas aquáticas, os responsáveis devem manter uma supervisão integral às crianças. “Antes de entrar no mar ou na piscina, é imprescindível observar se por perto existem salva-vidas, bombeiros, policiais militares ou responsáveis. Em caso de afogamento, segundos a mais na demora do resgate podem fazer toda diferença e acabar em tragédia. Por isso, nas praias do litoral, o efetivo de policiais é sempre reforçado na extensão das praias com banhistas. Uma dica importante é fazer o uso de roupas com cores vivas e chamativas, pois elas facilitam a localização”, ressalta Najra.

Tomar banho no mar requer outro cuidado especial. “A correnteza na volta das ondas é muito perigosa e engana. Oriento que as pessoas possam ir até onde o nível da água alcançar o quadril, no máximo, na cintura. Além disso, muitas praias formam piscinas naturais de água e, quando a maré sobe, elas não ficam visíveis. Às vezes, as pessoas se confiam porque sabem nadar e querem ultrapassar o limite permitido, mas isso é muito perigoso porque, nestes locais, há alguns buracos que podem sugar o banhista”, alerta.

Por fim, a major Najra garante que a melhor forma de proceder em caso de afogamento é manter a calma. “É complicado porque a adrenalina sobe e o desespero pode falar mais alto. No entanto, esquecemos que os nossos pulmões são como boias que podem nos fazer submergir. Portanto, a atitude correta é manter a calma e respirar profundamente a fim de encher a caixa torácica enquanto aguarda o resgate”, finaliza.

O Corpo de Bombeiros lembra ainda que lagoas e rios têm desníveis que ficam encobertos pela água; por isso, só a conscientização pode salvar vidas, já que não há como saber qual é o relevo do local escolhido para banho – pode haver buracos, galhos, limo ou outros obstáculos que dificultam ou impedem a saída da água. A prática de brincadeiras como saltos a partir de estruturas elevadas, como pedras e pontes, também devem ser evitadas em função do risco de acidentes relacionados a lesões da coluna vertebral, na cabeça, braços e pernas.

Ao presenciar qualquer situação de emergência, é fundamental procurar imediatamente um posto do Corpo de Bombeiros ou ligar para o número 193.


Por: Pedro Vitor Melo - Jornal O IDA
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