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Bebê com hidrocefalia é abandonada pela mãe na Maternidade Evangelina Rosa

Amãe da bebê e sua família são extremamente humildes, e mesmo durante a gravidez - antes de haver o diagnóstico de hidrocefalia - a mulher já demonstrava não estar disposta a criar a filha.

29/02/2016 17:18

Uma bebê diagnosticada com hidrocefalia foi abandonada pela mãe na Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina. A criança, do sexo feminino, nasceu há alguns meses, e permaneceu internada na UTI da unidade durante as semanas iniciais de vida.

Após receber alta, a recém-nascida foi entregue à mãe, que mora na zona rural do município de União, a 64 km de Teresina. Semanas depois, a criança apresentou uma piora e precisou ser novamente internada.

Com a nova alta médica, a mãe foi chamada para receber a filha, mas desta vez não a aceitou de volta.

De acordo com Solange Campos, assistente social da maternidade, a mãe da bebê e sua família são extremamente humildes, e mesmo durante a gravidez - antes de haver o diagnóstico de hidrocefalia - a mulher já demonstrava não estar disposta a criar a filha, por conta da sua situação de vulnerabilidade.

Desde que o impasse surgiu, a mãe e a família da recém-nascida passaram a ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar do Juizado da Infância e da Juventude, formada por psicólogos e assistentes sociais.

"Ainda na gestação, essa mulher já dava sinais de resistência em criar a filha, por conta das dificuldades sociais que enfrenta. É uma família que vive numa situação de extrema vulnerabilidade", afirma Solange.

Segundo a assistente social, a avó e a tia da recém-nascida já disseram que estão dispostas a ficar com a guarda da bebê, o que deve ser decidido na Justiça.

Solange esclarece que a mãe tem o direito de fazer a entrega legal da criança para adoção, mas não pode, em qualquer hipótese, abandonar ou entregar o filho (a) para outra pessoa informalmente.

"Uma criança com hidrocefalia pode ter uma vida completamente normal. Mas claro que ela exige mais atenção e maiores cuidados da família, além de um acompanhamento médico", afirma Solange.

Enquanto a Justiça não determina quem ficará com a guarda da bebê, ela continuará num abrigo da capital.

Por: Cícero Portela
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