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Árvore tombada ameaça cair sobre visitantes no Cemitério São Judas Tadeu

A planta não pode ser cortada e até sepultamentos não estão sendo feitos ao seu redor para evitar danificar ainda mais sua estrutura.

15/07/2016 07:25

Uma árvore da espécie Tamboril (Enterolobium maximum Ducke), com mais de 40 anos, ameaça cair sobre os visitantes que vão ao Cemitério São Judas Tadeu, localizado no bairro São Cristóvão, zona Leste de Teresina. O exemplar foi tombado pela Prefeitura no ano de 2005 e é a árvore mais antiga do local.


Foto: Moura Alves/ODIA


Porém, por ser muito frondosa e antiga, seus galhos estão bastante ressecados e, por ser tombada, não é permitida a poda. Segundo o administrador do cemitério, Gilson Araújo Resende, foram feitos alguns reparos na árvore, retirando alguns galhos secos e plantas hospedeiras e/ou parasitas que sugam a seiva da árvore e podem até matá-la.

“A árvore é muito antiga e a tendência é que ela vá apodrecendo com o passar dos anos e alguns galhos caiam. A árvore tem mais de 40 anos, tombada e por isso não pode cortar. Informamos, no início do ano, à SDU/Leste que falta a poda de alguns galhos que estão secos, mas não me deram resposta. O medo que dá é de estar acontecendo um sepultamento e um galho desses cair em cima de alguém”, disse.

Para evitar que a árvore seja danificada por conta das sepulturas em volta, a administração do cemitério está evitando realizar novos sepultamentos nas covas já existentes. Gilson Araújo explica que “quando uma famí- lia precisa sepultar alguém, ela é informada que aquele lugar é impróprio e remanejamos para outro espaço, doando outra cova, exatamente para não danificar a estrutura da árvore. Mas as que já estão no local e não oferecem risco à árvore serão mantidas”, explica.

Os corredores ao redor da árvore também estão limpos, facilitando assim a passagem dos visitantes. O gestor acrescenta que, apesar da aparência seca, o Tamboril está vivo e, nos períodos chuvosos, ele floresce e fica bastante vistoso e frondoso.

Contraponto

Em nota, a Superintendência de Desenvolvimento Urbano da zona Leste (SDU/ Leste) informou que vai encaminhar uma equipe para verificar a situação da árvore citada nesta reportagem e, posteriormente, programar os serviços necessários. A Superintendência informou também que entrará em contato formal com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) para que seja feita a análise situacional da espécie.

A SDU/Leste pontuou ainda que, regularmente, são realizados os serviços de manutenção nos três cemitérios da região. A Gerência de Limpeza Urbana disse também que os serviços contemplam a limpeza da parte interna do cemitério, capina e a poda de árvores e da grama, assim como o transbordo do lixo gerado.


Por: Isabela Lopes - jornal O DIA
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