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Apenas 25% dos municípios piauienses possuem Creas

Para Unicef, ampliar esta rede de atendimento é fundamental para o enfrentamento e prevenção da violência contra crianças e adolescentes.

15/05/2019 08:12

Dos 224 municípios piauienses, somente 48 possuem Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), o que representa 25% de cobertura estadual. A informação foi divulgada durante um encontro que reuniu representantes da gestão pública de 182 cidades do Piauí que participam do Selo Unicef (Fundação das Nações Unidas para a Infância) e equipes da Fundação, que debateram sobre políticas públicas para prevenção de violência contra crianças e adolescentes.

Segundo Jane Andrade Santos, coordenadora da Unicef, a expansão dos Creas é um dos desafios mais importantes que o Piauí precisa enfrentar, vez que a quantidade de Centros de Referência ainda é bem baixa se comparada a outros estados. Para ela, é preciso que Estado e Municípios, assim como outros órgãos que compõem a rede, se articulem e se integrem.

Representantes da Unicef participam de evento em Teresina. Foto: Poliana Oliveira/ODIA

“Do ponto de vista dos indicadores globais, o Piauí não está em uma das condições mais desconfortáveis. Mas a violência tem uma face que se manifesta e é perversa, porque ela é escondida, e as estatísticas que aparecem não traduzem a realidade. O Piauí, hoje, tem alguns desafios muito importantes, que é a expansão dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Apenas 25% dos municípios do Piauí são cobertos com Creas e isso é um problema e desafio que o Estado tem. Só 48 municípios têm; 25 estão em fase de expansão e 10 em processo de finalização. Teresina tem quatro, mas por ser capital e ter mais estrutura”, comenta.

Jane Andrade Santos acrescenta que o Governo do Estado está fazendo um trabalho de apoiar os municípios nessa expansão, mas que a realidade atual não deixa de ser um dado preocupante. Além disso, outro ponto chama atenção da coordenadora da Unicef, que é a qualificação da rede de cuidados e da formação dos profissionais que atende essas crianças e adolescentes. Ela também acrescenta que é necessário fazer a articulação entre os agentes públicos no que tange a questão da violência. “Os papeis devem ficar claros, mas de forma articulada”, frisa.

Por: Isabela Lopes
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