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Anúncio de emprego diz que candidata 'pode ser homossexual' e gera indignação

Anúncio foi divulgado no site Themos Vagas e acabou sendo retirado do ar, depois de ser bastante criticado.

11/07/2017 11:49

Um anúncio no site Themos Vagas, que divulga oportunidades de empregos no Piauí, deixou muitas pessoas indignadas, devido ao seu teor aparentemente preconceituoso.

O post em questão divulgava vagas para gerente comercial, caixa, auxiliar administrativo, garçom e para outros cinco cargos.

No cargo de "vendedoras" foi colocado entre parênteses que a candidata interessada na vaga "pode ser homossexual", como se essa característica devesse ser considerada no processo de seleção de funcionários.

Depois de ser bastante criticado por usuários, o anúncio foi removido do site Themos Vagas, que também ficou fora do ar.

Pouco depois das 11 horas desta terça-feira o Themos Vagas publicou em sua página no Facebook um aviso de que seu site está passando por "manutenção", e que, nesse período, todas as publicações serão realizadas por meio da rede social (veja nota abaixo).

Para saber qual empresa havia feito o anúncio, a reportagem tentou contato por telefone com os responsáveis pelo site, mas as ligações não foram atendidas.

A psicóloga Rafaelle Benevides, que atua há sete anos na área de Recursos Humanos, considera que a observação feita no anúncio foi extremamente inadequada, indo na contramão do procedimento ideal que deve ser seguido pelas empresas na seleção de funcionários.

"Uma das maiores preocupações atuais que o RH deve ter, em qualquer empresa, é garantir a equidade de gêneros e combater qualquer tipo de discriminação. O processo seletivo é tido como uma porta de entrada para as empresas e é quando as empresas divulgam o perfil dos trabalhadores que precisam para realizar certas funções. A grande responsabilidade ética do setor de RH ou de qualquer empregador que queira divulgar uma oportunidade de trabalho consiste em não discriminar as pessoas por raça, cor, etnia, religião, orientação sexual, sexo, nacionalidade ou estado civil. Também, por lei, é proibido exigir atestados de gravidez ou esterilidade, bem como induzir ou instigar à esterilização ou promover qualquer tipo de controle de natalidade", alerta a psicóloga Rafaelle Benevides, que tem MBA em gestão de pessoas e é mestranda em psicologia com foco nos estudos de gênero.

Por: Cícero Portela
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